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MAIA DIZ QUE GOVERNO BOLSONARO PROMOVE DESMONTE DA REGULAÇÃO AMBIENTAL

Redação - 03/09/2020 14:46

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) rechaçou nesta quinta-feira a atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro na área ambiental. Segundo ele, no último ano, desde que o Bolsonaro assumiu o cargo, há uma flexibilização da preservação do meio ambiente no país, o que teria um “impacto suicida” para o crescimento econômico.

— Infelizmente o presidente Bolsonaro, não é uma crítica, é uma constatação, ele ganha a eleição com uma outra narrativa, com um outro discurtso, e vai ao longo do ano de 2019 no Ministério do Meio Ambiente desorganizando ou desmontando tudo aquilo que foi construído ao longo de muitos anos, desde a década de 1990 — disse durante uam videoconferência do jornal Estado de S. Paulo.

Maia não especificou a quais medidas se referia. Contudo, ele destacou que investidores fazem pressão por mais rigor nas fiscalizações, por exemplo. Em julho, um grupo de 40 empresários encaminhou uma carta ao vice-presidente Hamilton Mourão para cobrá-lo quanto ao combate do desmatamento ilegal na Amazônia. Para eles, a destruição da floresta prejudicaria não só a reputação, mas também os negócios no país.

— Somado a isso, há a perda de investimento de capital estrangeiro, está todo mundo indo embora — ponderou o deputado, ao comentar sobre a piora da imagem do Brasil no setor ambiental. Maia afirmou que chegou a engavetar propostas para não gerar “mais polêmica e mais insegurança por parte daqueles que olham para o Brasil como espaço importante para investimento”.

Rodrigo Maia ressaltou que a Câmara dos Deputados constituiu um grupo de trabalho para tratar da agenda ambiental na Casa, que a qual reúne parlamentares de vários espectros políticos. Para Maia, há uma “sinergia enorme entre meio ambiente e agronegócio”. — Não há necessidade de desmatamento, ao contrário, esse política de flexibilização da nossa preservação vai é prejudicar o agronegocio brasileiro.

Ele defendeu que a aprovação de projetos, como os que são debatidos na Câmara, para criação de um mercado de carbono e o endurecimento das punição a desmatadores. — A gente precisa de ações práticas, para que a gente possa dar essa sinalização. Maia ainda lembrou o episódio da última sexta-feira, quando o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que iria paralisar ações de fiscalização de desmatamento na Amazônia e das queimadas no Pantanal após do bloqueio de R$ 60,6 milhões da pasta. Rodrigo Maia disse que a Câmara iria ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal para exigir que as medidas fossem retomadas, caso o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, não houve anunciado o desbloqueio dos recursos para garantir as ações.

Foto: divulgação

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