Por: João Paulo Almeida
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve um tombo histórico de 9,7% no 2º trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano, devido ao impacto da crise do coronavírus, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a economia brasileira entra oficialmente em recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de encolhimento do nível de atividade.
O especialista Carlos Terceiro, CEO da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, explicou que o desemprego e a desigualdade social devem ser os principais fatores atingidos pela entrada do país em recessão. Segundo o especialista o país ainda tem no comércio de serviços e na indústria dois segmentos que já vinham sofrendo antes da pandemia e só agravaram suas situações com a crise.
“Os principais efeitos que a queda do Produto Interno Bruto pode provocar na economia do país é o desemprego e o aprofundamento da desigualdade social que já vivemos. Segundo dados da pesquisa Pnad Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego em julho chegou a 13,7%, com 12,9 milhões de desocupados no Brasil. A indústria já vinha sofrendo antes do coronavírus, logo, a crise só acentuou. Além disso, nesse período de pandemia e quarentena, boa parte dos serviços do país pararam. Sendo o setor de serviços representante de cerca de 70% do PIB brasileiro, era esperado o impacto deste cenário no PIB brasileiro. Ademais, com a reabertura gradual da economia – ainda imprevista, a expectativa é que este setor venha a se recuperar”, disse.
Foto: divulgação
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