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VENDAS DO VAREJO BAIANO CRESCEM 7% EM JUNHO

Redação - 12/08/2020 11:29

Em junho, deste ano, as vendas do varejo na Bahia cresceram 7,0% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Foi o segundo avanço consecutivo nessa comparação. De abril para maio as vendas avançaram 10,3% no estado, após dois meses de quedas históricas nesse indicador, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.

Apesar do avanço, o resultado de junho ainda está longe de eliminar as perdas acumuladas desde março. Nos quatro meses desde que começou o isolamento social, como medida preventiva contra a pandemia da Covid-19, as vendas do varejo baiano ainda mostram queda de -13,6%.

De maio para junho, o comércio varejista baiano (7,0%) teve um resultado pior que o do Brasil como um todo, onde as vendas cresceram 8,0%. Houve aumentos em 24 das 27 unidades da Federação, lideradas por Pará (39,1%), Amazonas (35,5%) e Ceará (29,3%). Rio Grande do Sul (-9,0%), Paraíba (-2,4%) e Mato Grosso (-2,0%) apresentaram quedas.

Apesar do resultado positivo entre maio e junho, na comparação com junho de 2019, o desempenho das vendas na Bahia seguiu em queda (-12,6%). Além de ter sido a quarta queda seguida no ano, nessa comparação, para o comércio varejista da Bahia, foi o pior junho desde 2016, quando as vendas haviam recuado -13,2%.

O recuo baiano (-12,6%) foi o segundo mais intenso entre os estados, ficando acima apenas do Amapá (-14,8%). Foi um resultado ainda bem pior que o nacional, que mostrou variação positiva (0,5%). Nesse confronto, houve altas em 12 dos 27 estados, com destaques para o Pará (17,9%), Piauí (16,5%) e Tocantins (15,3%).

Com o desempenho de junho, as vendas do varejo baiano acumulam queda de -11,3% no primeiro semestre de 2020, frente ao mesmo período de 2019. É também um resultado bem abaixo do nacional (-3,1%) e o pior primeiro semestre para o comércio do estado desde 2016, quando o acumulado nesse período havia mostrado queda de -13,1%.

No acumulado nos 12 meses encerrados em junho (frente aos 12 meses anteriores), o desempenho das vendas do comércio na Bahia também segue negativo (-3,6%) e abaixo do verificado no Brasil como um todo (0,1%).

Vendas caíram em 5 das 8 atividades do varejo baiano

Na Bahia, 5 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui automóveis e material de construção) tiveram quedas nas vendas em junho, frente ao mesmo mês de 2019.

Além do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), que vem se mantendo em alta desde março, móveis e eletrodomésticos tiveram um forte aumento (23,7%), o maior entre as atividades e o primeiro desde fevereiro; e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos também mostraram avanço (6,0%), após dois recuos consecutivos.

Mais uma vez liderando as quedas em junho, o segmento de tecidos, vestuário e calçados (-79,4%) foi, pelo quarto mês seguido, o que mais contribuiu para o recuo do varejo na Bahia.

No primeiro semestre de 2020, a atividade viu suas vendas caírem quase pela metade (-47,5%) em relação ao mesmo período de 2019.

A segunda principal influência no resultado geral das vendas no estado veio, pelo terceiro mês seguido, do segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que teve o terceiro maior recuo (-28,7%). Apesar de cair desde fevereiro, a atividade, que engloba parte representativa dos grandes sites de comércio on-line, vem mostrando redução no ritmo do recuo.

 

Foto: Josenildo Almeida/ GovBA

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