Integrantes do Palácio do Planalto querem tentar engrossar o coro do pedido da bancada do Podemos para afastar Davi Alcolumbre (DEM-AP) da presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Nesta segunda-feira, os nove senadores da legenda pediram afastamento imediato de Alcolumbre do comando do colegiado após denúncia da Revista VEJA acusar o senador de embolsar parte do salário de seis funcionárias de seu gabinete, em um esquema de rachadinha.
O assunto foi tratado com cautela por integrantes do governo. Porém, nos bastidores, há um movimento discreto para tentar convencer outros senadores a encampar a ideia de afastar Alcolumbre ou usar o argumento para pressioná-lo a pautar a sabatina de André Mendonça à cadeira do Supremo.
O governo tem interesse em ver Alcolumbre fora da presidência da CCJ já que ele segura há mais de 100 dias a sabatina de Mendonça ao STF. Integrantes do Planalto consideram baixas as chances de o senador ser afastado do colegiado. Alcolumbre tem repetido que não vai pautar o escrutínio e que não se “curvará às ameaças”. Na avaliação do senador, todos os movimentos acusatórios contra ele são retaliações por não pautar Mendonça.
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