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COM QUEDA DE 77,5% NO FATURAMENTO, BARES E RESTAURANTES SONHAM COM REABERTURA

Redação - 22/07/2020 14:50 - Atualizado 22/07/2020

A reabertura de bares e restaurantes é vista como um respiro para quem tem isso como sustento. Empresários, garçons, cozinheiros, todos aguardam ansiosamente para reabrir as portas. A pressa é justificável: um levantamento feito pela ssociação Brasileira de Bares e Restaurantes na Bahia (Abrasel-BA) mostra que, com a crise, o faturamento do setor caiu em 77,5%, e mais de 86 mil funcionários que perderam seus empregos.

Apesar da ansiedade, os bares e restaurantes só voltarão a ter clientes na segunda fase do protocolo criado pela prefeitura para reabertura econômica da cidade – ou seja, quando a taxa de ocupação de leitos de UTI para a covid-19 baixar para 70% e se manter por pelo menos 5 dias assim. O mesmo vale para academias, salões e centros culturais. Apesar de ser um passo para o futuro, a reabertura do setor já foi assunto do pacote de medidas anunciado pela prefeitura nesta terça-feira (21).

Uma das empresárias que precisou demitir funcionários para não fechar as porta foi a chef Leila Carreiro, responsável pelo restaurante Dona Mariquita no Rio Vermelho, que dispensou mais da metade de sua equipe. “Eu estava com 18 funcionários, só consegui ficar com 6 e, mesmo assim, precisei recorrer à redução da jornada de trabalho. Precisei reduzir preços, reduzir cardápio. Eu estava com o freezer cheio de bebidas e precisei fazer promoções para vender asbbebidas quase a preço de custo para não perder”, conta.

Além das demissões, a empresária precisou realizar uma série de mudanças para adaptar seu produto à realidade da pandemia. Algumas das novidades, implementadas desde março, ela acredita que devem continuar mesmo com a retomada. “Tive que reduzir o trabalho dos funcionários que ficaram para dois dias na semana. O restaurante nunca teve delivery, experimentamos uma vez em 2017, mas não tínhamos estrutura para fazer os dois por conta da procura das pessoas no próprio restaurante. Agora, ele também não tem a mesma força da casa aberta, e me adaptar a isso foi bem complicado. Mas é algo que nessa retomada eu devo manter, porque acho que as pessoas ainda vão buscar muito”, detalha ela.

Antes mesmo do momento chegar, Leila explica que já tem planejado como o Dona Mariquita vai abrir as portas “Eu já estava decidida a funcionar o restaurante apenas de quinta a domingo, nesse primeiro momento não tenho condição de funcionar como era antes. Vou precisar ir bem devagar, já tive que reduzir já o cardápio em 40%, reduzir as opções para conseguir me manter. O próprio distanciamento que vai precisar existir entre os clientes já reduz muito minha capacidade”, explica ela, que ainda não consegue quantificar o tamanho da perda dos últimos meses.(Correio)

Foto: divulgação

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