A Petrobras comunicou que a venda de 51% das ações da Gaspetro em seu poder entrou na chamada fase vinculante e vários interessados estão analisando a compra das ações. Empresas que atuam no setor de distribuição e comercialização de energia como Cosan, Naturgy e Ultra, controladora dos postos Ipiranga, estão interessados.
Mas a Mitsui – conglomerado japonês que já tem 49% da empresa, não precisa participar dessa fase de análise, pois tem preferência na compra das ações da Petrobras e se isso acontecer a BahiaGás passará a dividir com a Mitsui o controle da empresa.
A Mitsui já detém 24,5% do capital da BahiaGás e a Gaspetro outros 24,5%, ficando 51% com o governo do Estado. Se o conglomerado japonês comprar a parte da Gaspetro ficará com 49% das ações da BahiaGás e terá direito a indicar diretores e influir na administração da empresa.
Conforme adiantou o portal Bahia Econômica, os estados nordestinos que possuem companhias de gás atribuíram ao Consórcio Nordeste mandato com poderes para representa-los conjuntamente perante a Petrobras e a Gaspetro tentando se fortalecer nas negociações. Na oportunidade, o secretário da Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, disse que a distribuição de gás é um monopólio estatal previsto em lei e que o consórcio vai defender as posições de cada estado de maneira comum.
Na fase atual os potenciais compradores classificados enviarão das propostas vinculantes” e o prazo para a entrega das propostas vinculantes para o processo de compra da Gaspetro termina no dia 31 de agosto. No início deste ano, a Petrobras, chegou a avaliar a venda das ações da Gaspetro na Bolsa de Valores, mas a ideia não foi adiante. Também havia uma expectativa de que os chineses da Beijin Gas pudessem participar do negócio, mas a avaliação é que “os chineses estão em um momento mais retraído em relação ao Brasil”.
Até o momento a Mitsui, que tem o direito de preferência e o pode exercer ou não, não se manifestou a respeito. Com informações de O Globo.