As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os Pronto-Atendimentos (PAs) de Salvador têm recebido uma demanda alta de pacientes do interior do Estado com Covid-19, e essa sobrecarga pode atrasar a redução da curva de crescimento de pessoas infectadas nos leitos de UTI exclusivos para tratar a doença na capital. A recomendação da Prefeitura é que as unidades mantenham as portas abertas para todos. No entanto, é preciso que principalmente as cidades vizinhas adotem medidas mais duras para enfrentar a pandemia.
Nos meses de maio e junho, as UPAs e os PAs receberam 728 pacientes da Região Metropolitana de Salvador (RMS), de outras cidades do interior e até de outros estados. Entre esses pacientes, 329 foram de Lauro de Freitas, 193 de Simões Filho e 51 de Camaçari. Em relação a outros estados, há registros de pacientes de Belo Horizonte (MG), Uberaba (MG), São Paulo (SP), Paulina (SP) e do Rio Grande do Sul.
No total, nos meses de maio e junho, foram 3.679 casos de Covid-19 distribuídos entre as UPAs Hélio Machado (205), Adroaldo Albergaria (168), Brotas (287), Vale dos Barris (619), Gripário UPA dos Barris (437), Pirajá/Santo Inácio (187) e Gripário UPA Pirajá/Santo Inácio (34), Parque São Cristóvão (139), Paripe (278), Valéria (137) e San Martin (243). Também fazem parte desse montante de casos os números registrados nos Pronto-Atendimentos de São Marcos (208), Rodrigo Argolo no Beiru/Tancredo Neves (174), Maria Conceição Imbassahy (146), Doutor Orlando Imbassahy (73), Edson Teixeira (163) e Alfredo Bureau (208).
O coordenador de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ivan Paiva Filho, lembrou que muitos municípios do interior não têm unidades de saúde com funcionamento durante 24 horas, fazendo com que haja a procura por atendimento em Salvador. “Esses pacientes são devidamente atendidos, mas as unidades acabam tendo um impacto. Por isso, é importante que as cidades do interior também reforcem as medidas de enfrentamento ao novo coronavírus”, salientou”.
Foto Max Haack_Ag Haack