Por: João Paulo Almeida
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou que em maio deste ano, 9,7 milhões de trabalhadores estavam sem remuneração. Segundo os dados da Pnad Covid-19, este total de pessoas corresponde a 11,7% de toda a população empregada no Brasil, que totalizava 84,4 milhões no mês passado. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
A pesquisa mostrou que 19 milhões de pessoas, 22,5%, estavam afastadas de seu trabalho, sendo que 15,7 milhões, 18,6%, estavam afastadas devido ao distanciamento social. O grupo etário com maior proporção de pessoas afastadas do trabalho foi o de 60 anos ou mais, 27,3%. Trabalhadores domésticos sem carteira foram os mais afetados, registrando o maior percentual de pessoas afastadas devido à pandemia: 33,6%, seguidos pelos empregados do setor público sem carteira: 29,8% e pelos empregados do setor privado sem carteira: 22,9%.
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, o presidente do Sindicato dos Lojistas do Estado da Bahia, Paulo Motta, pediu a reabertura da economia, pois o setor de comércio e varejo, aquele que mais emprega na Bahia, não teria condições de se manter vivo se o isolamento social continuasse mantendo as portas fechadas.
“Nós não temos a confiança necessária nas autoridades e no poder público para fazer ou assumir nenhum compromisso com nenhum fornecedor. Nós sabemos que a crise no comércio pode acabar com milhares de empregos no estado e não vemos nenhuma medida do governo e da prefeitura para ajudar as empresas. Eles não reduziram nenhum imposto nesse período e mantiveram suas receitas intactas. Quem paga a conta é o empresário”, diz Mota.
Foto : Agência Brasil