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ALTA DA COVID VOLTA A ASSUSTAR NA BAHIA COM 13 MIL NOVOS CASOS

Redação - 16/12/2022 06:55 - Atualizado 16/12/2022

A segunda semana de dezembro registrou 13.356 novos casos de covid-19. É a maior soma semanal desde 24 de julho, quando o estado notificou 11.821 pacientes ativos com a doença em sete dias, conforme boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

No geral, o número de casos ativos de covid-19 no estado aumentou 734% a partir de novembro. No dia 14 do mês passado havia 1.105 novos casos ativos, na quarta-feira (14 de dezembro), exatos um mês depois, os registros subiram para 9.223.

Com a tendência de explosão de infecções após o Natal e o Ano Novo, por conta do relaxamento nas medidas de proteção como álcool em gel e máscara, atrasos para completar o esquema vacinal e a circulação de subvariantes da cepa Ômicron da covid, médicos como o infectologista e professor na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Robson Reis, alertam que é preciso evitar que o vírus se prolifere ainda mais.  “Aglomerações de final de ano, idas aos centros de compras para o Natal, confraternizações de trabalho e escolares, reuniões e encontros para assistir jogos da Copa do Mundo, tudo isso influencia [o aumento de casos]”, enumera.  

O estudante de administração Filipe Ferreira, 19, faz parte da estatística. O teste dele deu positivo no dia 6 de dezembro. A suspeita é que tenha contraído o vírus em uma festa com mais de 800 pessoas. O estudante acordou com a garganta inflamada logo no dia seguinte. Ele ainda apresentou febre e dor de cabeça, mas agora já está bem. Sem medo de reinfecção, Filipe planeja comemorar Réveillon com amigos em Guarajuba, distrito de Camaçari.  “Tomei as vacinas e para quem está imunizado, a doença não vem tão forte. Mas, por enquanto, estou me resguardando. Só vou viajar no Ano Novo”, diz.

Quem cancelou os planos de viajar em 31 de dezembro foi a psicóloga Darci Roullet, 59, que também testou positivo na última semana. Ela não sabe se pegou a covid após se reunir com a família para assistir à Copa ou levar a neta para tratamento em uma clínica. Seus sintomas foram dor de cabeça, dor no corpo e febre. Apesar do teste positivo, a preocupação maior foi o marido Amaro, 67. “Meu esposo pegou de mim. Ele teve de tomar antibiótico e como é diabético e hipertenso, o quadro dele foi mais grave, ficou com sensação de desmaio”. Vacinados até a quarta dose e medicados, ambos também já estão em recuperação. “Eu ia viajar, mas agora desisti. Preferi ficar em casa”.

Foto: divulgação

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