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ENTREVISTA PRESIDENTE DO SINDICATO DOS LOJISTAS DO ESTADO DA BAHIA

Redação - 15/06/2020 07:00 - Atualizado 15/06/2020

Por: João Paulo Almeida 

BE – O comércio tem sido um dos segmentos mais prejudicados pela quarentena. Existem setores que estimam um nível de fechamento de lojas chegando a 50% no período pós pandemia. Na sua opinião qual será o principal impacto do isolamento social no comércio?

PM – O impacto está presente pelo imperativos das autoridades constituídas. Se a sociedade reage as imposições das autoridades é por que as mesmas não as representam. Precisamos atuar para evitar um colapso no comércio da Bahia. Hoje ainda não temos nenhuma dimensão do pode acontecer com esse setor muito sofrido com a crise na saúde. Não sabemos quando vamos reabrir as portas e a economia voltar.

BE – O setor de serviços/comércio sempre foi um dos que mais empregam na Bahia e no Brasil. Na sua opinião qual será o principal impacto do isolamento social para geração de empregos e demissões no comércio no período pós pandemia?

PM – Estamos vivendo a pandemia do emprego e renda e as autoridades quer exercer os cargos como donos da verdade. Vamos bater recordes de desempregos e geração de empregos. Recordes negativos e ainda não sabemso o tamanho desse impacto. O setor de lojistas deve ser o mais afetado na Bahia, que é uma cidade muito dependente desse setor.

BE- Como o senhor avalia as medidas do governo federal como liberação de crédito e isenção de pagamentos como forma de sustentar o comércio nesse período de portas fechadas?

PM – Nós observamos uma atuação fraquíssima por parte dos governantes que não estão fazendo com que o comércio e o varejo criem condições mínimas de sobrevivência na crise. Nós acreditamos que se a situação continuar como está as coisas vão ficar muito complicadas para se achar uma solução. O comércio pode sofrer um tombo irrecuperável no Brasil

BE- Na sua opinião o comércio deve reabrir ?

PM – Sim abrir e sua totalidade cabendo as autoridades impor os comportamentos sanitários

BE- Como o senhor avalia o plano de incentivo a estados e municípios que o governo federal está prestes a aprovar com sanções?

PM – Faltou limitar a atuação de supermercados as sua atividades preponderante gênero alimentícios. Nós sabemos que esses estabelecimentos vendem de tudo então tiveram alguns benefícios nesse momento e segundo dados do IBGE apresentaram um momento de alta em meio a crise. Eu esperava que na recuperação pudéssemos equilibrar mais as coisas e proibir eles de venderem de tudo.

BE- Em meio à pandemia existem setores do comércio como supermercados que apresentaram alta. Na sua opinião, faltou criatividade de alguns comerciantes para se reinventar nesse período de quarentena?

PM – Na minha opinião faltou prudência das autoridades em dar igualdade de oportunidade para todos. Foi uma crise que atingiu todos muito forte, então necessitamos de algumas medidas mais duras e enérgicas para ajudar o empresario a sair desse momento de uma forma mais sadia. Coisa que não aconteceu. O empresário não esperava essa situação então não acredito em falta de criatividade.

BE- Qual a sua expectativa para o resultado final do comércio no ano de 2020?

PM – De sobrevivência para 2021

Foto: divulgação

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