A produção industrial da Bahia registrou em abril, deste ano, as maiores quedas da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE, iniciada em 2002. Na comparação com março, deste ano, a retração foi de 24,7%, descontados os efeitos sazonais. Já em relação a abril do ano passado, o tombo chegou a 26,5%. Os resultados refletem os efeitos do isolamento social para controle da pandemia de Covid-19, com a paralisação ou redução expressiva das atividades em várias unidades produtivas.
Com o resultado de abril, a produção da indústria baiana já mostra queda acumulada de 1,8% no ano de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. Nos 12 meses encerrados em abril, a produção baiana também negativa em 2,5%, frente aos 12 meses imediatamente anteriores.
De acordo com a pesquisa do IBGE, divulgada hoje (9), de março para abril, o recuo da atividade fabril na Bahia (-24,7%) foi mais intenso que o nacional: a produção industrial brasileira teve queda de 18,8% nessa comparação, também a mais acentuada da série histórica. Houve recuos em 13 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Amazonas (-46,5%) e Ceará (-33,9%) tiveram as maiores retrações, enquanto a indústria voltou a crescer no Pará (4,9%) e em Goiás (2,3%), após as quedas verificadas na passagem de fevereiro para março. Nesse confronto, a Bahia teve a 5ª maior retração.
Em relação a abril de 2019, a produção industrial baiana (-26,5%) caiu um pouco menos que a nacional (-27,2%), mostrando o primeiro resultado negativo no ano de 2020, depois de três altas nesse confronto (8,0% em janeiro, 6,9% em fevereiro e 5,8% em março). Dentre as 15 áreas pesquisadas, 13 tiveram quedas (a da Bahia foi a 9ª), com destaque mais uma vez para Amazonas (-53,9%) e Ceará (-53,0%). Pará (37,6%) e Goiás (0,4%) foram também os únicos a apresentar resultados positivos.
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Foto: Amanda Oliveira/ GovBA