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SINDILOJAS DIZ QUE COMÉRCIO ESTÁ NA UTI E PEDE AJUDA

Redação - 01/06/2020 08:45 - Atualizado 01/06/2020

Por: João Paulo Almeida

Segundo dados de uma pesquisa do Serasa Experian antecipado ao G1 , os pedidos de falências e recuperações judiciais aumentaram em abril, na comparação com março. E a avaliação é que o volume de processos deverá disparar nos próximos meses, diante da perspectiva de um forte tombo da economia brasileira e mundial em 2020 e das dificuldades financeiras das empresas em meio à pandemia de coronavírus.

Segundo os dados o mês de abril registrou 120 pedidos de recuperação judicial no país, uma alta de 46,3% na comparação com março. Já os pedidos de falência somaram 75, um aumento de 25% frente ao mês anterior. Em entrevista ao portal Bahia Econômica, o presidente do sindicato dos lojistas do estado da Bahia, Paulo Mota criticou a ação dos governantes.

“Nós observamos uma atuação fraquíssima por parte dos governantes que não estão fazendo com que o comércio e o varejo criem condições mínimas de sobrevivência na crise. Nós acreditamos que se a situação continuar como está as coisas vão ficar muito complicadas para se achar uma solução. O comércio pode sofrer um tombo irrecuperável no Brasil”, disse

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, por conta do isolamento social e das medidas de restrições, muitos cartórios e varas judiciais não funcionaram normalmente, o que provocou um represamento no número de pedidos. Por conta disso e do cenário de forte recessão, ele prevê uma avalanche de pedidos neste ano e um retorno ao patamar recorde observado durante a crise econômica de 2016.

“Com a recessão se instalando e com as dificuldades que vários setores estão apresentando, tanto o número de falências quando de recuperações judiciais é esperado que aumentem. Independentemente do tempo de isolamento, os impactos na economia já ocorreram e vão demorar para ser integralmente superados”, diz o especialista.

Foto:divulgação

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