O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de maio na Região Metropolitana de Salvador (-0,54%) foi concentrado no recuo médio dos preços de três dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15: transportes (-4,71%), vestuário (-1,29%) e educação (-0,06%).
Por outro lado, os aumentos em alimentação e bebidas (1,38%) e saúde e cuidados pessoais (0,25%) foram as principais pressões inflacionárias na prévia de maio, na RMS, informou hoje (26) o IBGE.
A intensa queda média nos preços do grupo transportes foi fortemente influenciada pelos combustíveis (-13,55%), com recuos relevantes na gasolina (-13,98%), no etanol (-12,81%) e no diesel (-7,58%); e pelas passagens aéreas (-23,87%), que tiveram a maior deflação dentre todos os itens pesquisados para formar o IPCA-15.
Já o recuo no grupo vestuário (-1,29%), o quinto seguido neste ano de 2020, segundo o IPCA-15, foi puxado pelas roupas (-1,79%), sobretudo as femininas (-2,57%) e masculinas (-1,82%).
Entre as altas na prévia de maio, a alimentação (1,38%), embora tenha mostrado desaceleração em relação a abril (quando havia aumentado 1,51%), manteve a maior variação entre os grupos. A principal influência veio mais uma vez dos alimentos consumidos no próprio domicílio (1,88%), embora a alimentação fora, que inclui os serviços de delivery, também tenha aumentado (0,11%).
Dentre os itens consumidos em casa, a cebola (38,40%), a batata-inglesa (30,50%) e o alho (20,81%) se destacaram. Foram os três produtos que mais aumentaram no IPCA-15 de maio na RM Salvador e também os que mais seguraram a queda no índice geral.
Foto: Tatiana Fortes/ O Povo