Em março, as vendas do varejo na Bahia recuaram 9,7% em relação a fevereiro, na série livre de influências sazonais, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada hoje (13) pelo IBGE. Nessa comparação, foi a maior queda do comércio varejista no estado em 20 anos, desde o início da nova série histórica da pesquisa, em 2000.
De fevereiro para março, o comércio varejista baiano teve um resultado pior que o do Brasil como um todo, onde as vendas caíram 2,5%, com retrações em quase todos os estados. Nesse confronto, houve variação positiva apenas em São Paulo (0,7%). Rondônia (-23,2%), Amazonas (-16,5%) e Acre (-15,7%) apresentaram os maiores recuos.
Na Bahia, as vendas também caíram na comparação com março do ano passado, 7,6%, mostrando o primeiro resultado negativo frente ao mesmo mês do ano anterior, após cinco altas seguidas e uma estabilidade registrada em fevereiro. Foi também a maior queda das vendas para um mês de março desde 2016, quando havia sido registrado um recuo de 12,3%.
Com o desempenho de março, as vendas do varejo baiano acumulam queda de 2,3% no primeiro trimestre de 2020, frente ao mesmo período de 2019. No acumulado nos 12 meses encerrados em março (frente aos 12 meses anteriores), porém, o desempenho das vendas do comércio na Bahia ainda se mantém positivo em 1,5%, embora abaixo do verificado no Brasil como um todo (2,1%), acompanhando o movimento de alta registrado em 20 estados.
Em março, na Bahia, 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram quedas nas vendas, frente ao mesmo mês de 2019. Apenas as vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,0%) e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,3%) mostraram avanços no mês.
Com um recuo expressivo de 40,8%, o segmento de tecidos, vestuário e calçados foi o que mais contribuiu para a queda do varejo no estado, em março. A atividade apresentou sua maior retração mensal nas vendas desde o início da série histórica da PMC para esse indicador, em 2001. A segunda principal influência negativa no resultado geral das vendas no estado veio do segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com queda de 21,8%. A atividade engloba parte representativa dos grandes sites de comércio on-line.
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