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EX-ATRIZ MIRIM DA GLOBO PEDE AUXÍLIO EMERGENCIAL

Redação - 12/05/2020 10:59 - Atualizado 12/05/2020

Raquel de Oliveira se lembra com carinho do tempo em que deu vida a Narizinho, personagem de Monteiro Lobato, do Sítio Sítio do Pica Pau Amarelo, que ganhou uma versão em 2007. Sem a atuar desde 2010, quando seu contrato com a Rede Globo acabou, a jovem, de 25 anos, trabalha  atualmente como esteticista e professora de balé.

“Fazer parte do Sítio foi uma honra muito grande, um sonho realizado. Eu amava atuar e o carinho que recebia dos fãs, mas quando meu contrato acabou, acabei perdendo os contatos e estou afastada há um tempo por causa disso”, relembra ela, que estreou na TV em Páginas da Vida, novela de Manoel Carlos, de 2006.

Na época, sua mãe gerenciava sua carreira, e devido à falta de experiência não conseguiu dar continuidade à carreira da filha após o fim do contrato de três anos.

“Quem tocava a minha carreira era a minha mãe, mas ela não tinha experiência alguma nisso. Não tive produtor ou agência. Meu contrato acabou, minha mãe trocou o telefone e a casa em que morávamos, daí acabamos perdendo os contatos. Recentemente, descobri até que me procuraram pelo Vídeo Show para uma entrevista com as atrizes que interpretaram a Narizinho e não me encontraram por nada. Acredito que devo ter perdido muito trabalho por causa disso. Mas a gente não sabia o que fazer. Não fizemos nem poupança na época. Tudo o que eu ganhava era investido em mim, nos estudos, em cursos. Não me faltava nada”, explica.

Fora da tela, Raquel começou a dar aulas de balé aos 18 anos. Depois disso, em paralelo, trabalhava de dia como esteticista. “Aconteceu muita coisa na minha vida. Minha mãe ficou doente e voltei para a dança, que era onde eu poderia ter oportunidade de trabalho. Depois perdi a minha mãe, fiquei muito reclusa, fui focando nas prioridades e deixando o sonho de atuar de lado pela falta de oportunidade.”

Atualmente com o trabalho paralisado por causa da quarentena, Raquel conta com a ajuda do pai e também espera contar com o auxílio emergencial de R$ 600 do governo, oferecido para algumas pessoas impedidas de trabalhar durante o distanciamento social.

“Dou aula para crianças. Trabalhei em várias escolas, creches, mas ultimamente dava aulas na academia Corpus. Por causa da quarentena, não estou trabalhando e estou sem receber. Vou me virando e espero o auxílio do Governo, que é um direito meu, mas não me vitimizo por isso. Não me falta nada. Tenho comida na geladeira, ao contrário de muitas pessoas”, conta ela, que tem a ajuda do pai e do ex.

“A última coisa que eu quero é me vitimizar. Passei por muitas coisas, mas sempre me virei sozinha. Comigo não tem tempo ruim. Se tiver que pegar no batente, pegar busão lotado, trabalhar em dois lugares, faço sem problema algum. Engoli muitos sapos, como qualquer outra pessoa, para ganhar meu salário no final do mês. Agora só estou sem trabalhar por causa da quarentena, mas assim que tudo terminar volto a fazer meu trabalho como esteticista e professora de balé. Peço a todos que fiquei em casa mesmo. Assim ajudamos um ao outro. Tenho muita fé que tudo isso vai passar e acredito na capacidade de cada ser humano de se reiventar.”

-Foto: instagram – tv globo

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