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BANCO CENTRALREDUZ SELIC A 3% AO ANO; MENOR TAXA EM 21 ANOS

Redação - 06/05/2020 18:29 - Atualizado 06/05/2020

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nesta quarta-feira, 6, um corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, que foi de 3,75% ao ano a 3%. A decisão foi unânime e surpreendeu grande parte do mercado, que esperava um corte de 0,5 p.p.. A justificativa, essa esperada, é a pandemia do novo coronavírus.

Trata-se do menor nível da taxa básica da economia desde 1999, quando começou o regime de metas para a inflação. Esta é a sétima redução consecutiva no atual ciclo de baixa iniciado em julho do ano passado.

“A pandemia da Covid-19 está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos. Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias, e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador, com saída de capitais significativamente superior à de episódios anteriores”, diz o Comitê em comunicado.

O Banco Central também deu indicação sobre o futuro da política monetária, salientando como “o Comitê avalia que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano, assim como a percepção sobre sua sustentabilidade, serão decisivas para determinar o prolongamento do estímulo”.

Na última segunda-feira (4), os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão da Selic de 2020 para 2,75%. Na semana passada a previsão era de 3%.

Entretanto, nessa reunião do Copom, os analistas aguardavam um corte menos agressivo, de 0,50 pontos, levando a taxa básica de juros para 3,25% ao ano. A decisão do BC, todavia, ocorre em um contexto de forte contração do nível de atividade econômica global provocada pela pandemia de coronavírus (covid-19).

Esse desaquecimento da economia gerou uma redução dos índices de inflação, o que deu uma maior margem de manobra para os Bancos Centrais cortarem as taxas de juros. Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de apenas 0,07%. A menor taxa para o terceiro mês do ano desde 1995.

Em relação a 2021, os economistas ouvidos pelo BC esperam uma inflação de 3,30%, a mesma previsão divulgada na semana passada, após seis cortes consecutivos. Há seis semanas, a estimativa era de 3,40%.

Foto Ag Senado

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