Depois de três dias seguidos de trégua, o mercado financeiro voltou a enfrentar uma sessão de turbulências. O dólar voltou a fechar acima de R$ 5,40, e a bolsa de valores teve queda expressiva. O dólar comercial encerrou a quinta-feira (30) vendido a R$ 5,438, com alta de R$ 0,083 (+1,55%). Ontem, a moeda tinha fechado em R$ 5,355, no menor valor desde o dia 20. A divisa terminou abril com alta de 4,69% e acumula valorização de 35,51% em 2020.
A moeda norte-americana operou alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 13h50, chegou a ser vendida acima de R$ 5,45. O Banco Central (BC) voltou a atuar no mercado, mas de maneira discreta. A autoridade monetária apenas rolou (renovou) contratos de swap cambial que venceriam em junho. Os swaps cambiais funcionam como venda de dólares no mercado futuro.
Depois de três dias de fortes altas, o índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), devolveu parte dos ganhos acumulados. O indicador fechou esta quinta aos 80.506 pontos, com recuo de 3,2%. Apesar da queda de hoje, o índice terminou abril com valorização de 10,25%. Em março, o Ibovespa tinha caído 29,91%. O Ibovespa seguiu os mercados externos, que caíram depois de dias seguidos de alta. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com queda de 1,17%.
Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades.
No Brasil, os investidores refletiram o aumento do desemprego, que terminou o primeiro trimestre em 12,2%. O último dia útil do mês também pressionou a realização de lucros, quando os aplicadores vendem parte das ações que subiram nos últimos dias para embolsarem os ganhos.
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