A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) informou, na noite desta segunda-feira (27), que subiu para 219 o número de casos do novo coronavírus no sistema prisional. Desses, 218 casos estão no Complexo da Papuda, sendo 64 policiais penais e 154 detentos. O boletim indica aumento de 69 registros no complexo em três dias já que, até sexta-feira (24), eram 149 infectados. Além disso, o vírus chegou à Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, no Gama. Lá, segundo a Sesipe, há uma pessoa infectada.
A pasta afirma que 217 casos são ativos e dois pacientes já se recuperaram. A Sesipe alega ainda que nenhum infectado teve sintomas graves. “No entanto, cinco detentos estão internados no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), por precaução”, diz a Sesipe. Até sexta, eram três presos internados. Uma das transferências para a unidade de saúde ocorreu no domingo (26). O paciente é um homem de 37 anos, que foi para o hospital se queixando de calafrios, dores no corpo e dificuldade para respirar.
De acordo com a Sesipe, os demais contaminados estão sendo avaliados por equipes de saúde dentro dos presídios. Os infectados estão divididos nos seguintes locais:
Medidas de contenção
Na sexta-feira (24), a Secretaria de Segurança anunciou que dois blocos dos novos Centros de Detenção Provisória (CDPs) serão utilizados para o tratamento e a quarentena de presos durante a pandemia. Complexo da Papuda vai ganhar 400 vagas para tratamento da Covid-19 e isolamento de presos. A decisão foi tomada depois que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou à pasta que usasse os espaços. De acordo com o governo do DF, em 15 dias, mais 400 vagas estarão disponíveis para atender os presos.
A Sesipe informou ainda que medidas estão sendo tomadas em conjunto com a Secretaria de Saúde do DF para conter o avanço do coronavírus no complexo. Servidores infectados estão afastados e as visitas aos presos estão suspensas desde o mês passado. Para que os detentos possam manter contato com as famílias, foi permitido o envio de cartas. Além disso, os presos podem enviar mensagens aos parentes por meio de um aplicativo.