A linha de crédito lançada com pompa e circunstância esta semana pela Caixa Econômica Federal e o Sebrae para apoiar as micro empresas e os microempreendedores (aqui) que faturam fatura entre 6 mil e 30 mil reais virou exemplo da exploração dos bancos ao setores mais necessitados da economia. O segmento de micro empresas e microempreendedores, o lado mais fraco da economia, mas que emprega milhares de pessoas não tinha sido comtemplado com qualquer beneficio pelo governo federal nesse período de pandemia. Mas o anúncio causou indignação entre os microempresários, pois a linha de crédito oferecida pratica juros de 1,2% até 1,6% ao mês, um percentual 8 vezes maior que a inflação.
Empresários ouvidos pelo Bahia Econômica afirmam que a linha oferecida vai endividar ainda mais os microempresários e que não faz sentido cobrar juros de mais 20% ao ano, quando a inflação anual é inferior a 4%. E anunciar isso como se fosse um benefício para que as micro empresas possam enfrentar o isolamento social.
“Chama atenção que o governo federal tenha sido mais benevolente com as médias e grandes empresas do que com o lado fraco da economia representado pelos micro empresários. O único beneficio da linha de crédito anunciada foi a possibilidade do Sebrae atuar como avalista, mas este benefício é bom para Caixa Econômica Federal, que assim garante que não terá prejuízo com a operação. O Sebrae está usando recursos do Tesouro para garantir os empréstimos da caixa”, disse o economista Armando Avena sobre o assunto. Veja aqui podecast com o comentários do economista.