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PESQUISA INÉDITA PODE INFLUENCIAR NO FIM DO ISOLAMENTO SOCIAL

Redação - 13/04/2020 19:15

Entre o fim desta semana e o início da próxima, o Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) dará a partida em uma pesquisa inédita que busca estimar o nível de imunização da população ao novo coronavírus no Brasil, o que pode ser um fator crucial para programar a reabertura das atividades econômicas e sociais no país. As informações são da Época.

O estudo tem como embrião um levantamento iniciado no último fim de semana com 4,5 mil moradores de nove cidades do Rio Grande do Sul para se ter uma compreensão mais precisa do grau de propagação do Sars-CoV-2 no estado. O objetivo da pesquisa é submeter 33.250 pessoas de 133 municípios brasileiros – (250 por cidade) a um teste rápido que detecta a presença de anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgC (de infecção mais antiga) a partir de amostras de sangue coletadas da ponta do dedo.

O resultado demora cerca de 15 minutos para sair, tempo que é usado para a realização de um questionário sociodemográfico e sobre sintomas da Covid-19 – a doença provocada pelo novo coronavírus -, busca por assistência médica e rotina de isolamento social. O projeto-piloto no Rio Grande do Sul prevê quatro levantamentos com intervalo de 15 dias entre eles. O primeiro começou no sábado (11) e está sendo concluído nesta segunda-feira (13), enquanto os próximos devem iniciar em 25 de abril, 9 de maio e 23 de maio.

Em entrevista à ANSA, o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da UFPel e coordenador do estudo, diz que a pesquisa de âmbito nacional já conta com financiamento para três fases, também intercaladas por duas semanas. “O teste rápido tem duas grandes vantagens. A primeira é que dá o resultado na hora. Com a população preocupada, não podemos fazer o teste e esperar dias pelo resultado. A segunda é que é um teste de anticorpos, não é para infecção aguda, então a resposta dele não é exatamente o quanto tem de infectados, a fotografia do dia, mas sim o quanto tem de imunizados, quantos já foram expostos ao vírus e produziram anticorpos”, explica.

 

 

 

Foto: Reprodução/ Reuters

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