A preocupação das autoridades com a contaminação pelo novo coronavírus, está fazendo a prefeitura de Salvador, tomar medidas drásticas para estimular o isolamento social na capital baiana. Com o fechamento dos bares, restaurantes e hotéis, houve queda nas vendas de frutas, verduras e hortaliças nas feiras e mercados da cidade. De acordo com comerciantes, que atuam na Feira de São Joaquim, no bairro do comércio, as vendas desses produtos já caíram pela metade.
O vendedor de hortaliças Mariano Alves, 43 anos, fala da tristeza que vem passando nestes últimos dias. “Antes da pandemia, eu vendia uns R$ 500,00 por semana. Era um valor bom e conseguia manter minha família tranquilamente. Agora, com o comércio todo fechado, não vendo mais quase nada. Não estou conseguindo vender nem R$ 250,00 por semana”, declarou o vendedor.
Segundo Mariano Alves, o motivo da queda nas vendas, se dá por conta dos bares e restaurantes fechados. Já que as feiras não estão proibidas de funcionar. “Vendia para muitos bares e restaurantes aqui da região. Meus principais clientes são comerciantes de alimentos. Com os negócios deles fechados, não vendo mais meus produtos também”, explicou.
Dessa forma, o impacto do esvaziamento das ruas, devido aos decretos determinados pela prefeitura, já pode ser notado, ainda, dentro das tradicionais feira livres de Salvador, que conta com corredores vazios, bancas de mercadorias desabastecidas e pouca movimentação de pessoas no local. Em entrevista para o Jornal Correio, o presidente do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes da Cidade de Salvador, Nilton Ávila, explicou que a Feira de São Joaquim teve uma queda de 60% na movimentação de clientes devido às orientações para que as pessoas ficassem em casa, o que causou um esvaziamento nas ruas. “No entanto, a estimativa é que o número aumente ainda mais nesta semana”, disse.
Segundo o presidente, as medidas adotadas pela prefeitura, por enquanto, não afetam o funcionamento específico da Feira de São Joaquim, pois no local são comercializados produtos de primeira necessidade para a população. Ele informou, ainda que fará um apelo à prefeitura e Governo do Estado, através de ofício, apelando pela manutenção dos postos de trabalho dos comerciantes das feiras da cidade.
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