As contas do governo registraram déficit primário de R$ 25,857 bilhões em fevereiro deste ano, informou nesta segunda-feira (30) a Secretaria do Tesouro Nacional. Esse foi o maior déficit fiscal, para meses de fevereiro, de toda a série histórica, que teve início em 2017, em valores corrigidos pela inflação.
Ao todo, segundo o Tesouro, as receitas (após transferências aos estados e municípios) somaram R$ 234,095 bilhões em fevereiro deste ano – alta real de 1,2% na comparação com o mesmo período de 2019. As despesas totalizaram R$ 215,820 bilhões, com recuo real de 1,5% na mesma comparação.
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, as contas do governo apresentaram superávit primário (receitas maiores do que despesas, sem contar juros da dívida) de R$ 18,275 bilhões, maior do que o resultado positivo do mesmo período de 2019, que somou R$ 11,799 bilhões. O resultado do bimestre está relacionado com os bons números do mês de janeiro.
Segundo o G1, para este ano, o governo tinha de atingir uma meta de déficit primário até R$ 124,1 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia do coronavírus, não será mais necessário atingir esse valor.
Neste sábado, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, informou, em videoconferência com analistas, que o déficit primário das contas do governo ficará acima de R$ 300 bilhões neste ano, devido aos gastos extraordinários motivados pela pandemia do coronavírus. Com isso, ficará acima de 4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Foto: Daniel Isaía/ Agência Brasil