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BOLSONARO DIZ QUE EXÉRCITO VAI AMPLIAR PRODUÇÃO DE CLOROQUINA

Redação - 22/03/2020 13:00

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que os laboratórios químicos e farmacêuticos do Exército vão ampliar a produção de cloroquina, droga que está sendo testada para o tratamento da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírusSars-CoV-2. A divulgação de estudos apontando para a eficácia da cloroquina, amplificada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou a uma corrida de brasileiros para farmácias. O remédio sumiu de prateleiras em várias regiões do país, levando à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) a restringir a venda da droga para pacientes com receitas pelos próximos 30 dias. Além disso, a exportação também foi proibida.

Além disso, Mauro Teixeira, professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos maiores especialistas do Brasil em desenvolvimento de tratamentos para doenças infecciosas, alertou em entrevista ao GLOBO que a corrida às farmácias em busca de remédios tidos como promissores poderá levar a uma epidemia de intoxicações. “Agora pouco me reuni com o senhor ministro da Defesa, onde decidimos que o laboratório químico e farmacêutico do Exército deve imediatamente ampliar a sua produção desse medicamento”, afirmou.

O uso da droga para o tratamento do coronavírus está em fase experimental, mas estudos publicados em revistas científicas nos Estados Unidos, França e China apontam que ela pode ser eficaz no tratamento. No mesmo vídeo, o presidente disse que foi informado por técnicos do hospital Albert Einstein que eles iniciaram um protocolo de pesquisa para avaliar a eficácia do medicamento no tratamento da Covid-19. O Ministério da Saúde está avaliando se vai permitir o uso da droga para pacientes graves. O ministro, Luiz Henrique Mandetta, aguarda um parecer de um grupo de especialistas que estão sendo coordenados pela Secretaria de Ciência e Tecnologia da pasta.

Os remédios do cloroquina e hidroxicloroquina são indicados para lúpus, artrite, malária e outras enfermidades, mas, segundo experimentos ainda inconclusivos, poderiam ser efetivos para tratar a Covid-19, doença provocada pelo novo vírus. Se houver adoção, deve ocorrer de forma experimental. A alta demanda após a divulgação de estudos, no entanto, causou.

Foto: divulgação

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