O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (9) que a melhor resposta à desaceleração da economia mundial, fruto do surto do coronavírus, é o prosseguimento das reformas estruturais.
Ele citou a reforma administrativa, tributária, cujas propostas do governo ainda não foram enviadas ao Congresso Nacional, e as PEC’s do pacto federativo e da emergência fiscal – encaminhadas ao Legislativo no fim do ano passado pela equipe econômica.
“Temos de manter absoluta serenidade e a melhor resposta à crise são as reformas. Vamos mandar a reforma administrativa, o pacto federativo já está lá, vamos mandar a reforma tributária e seguir nosso trabalho. O Brasil tem dinâmica própria de crescimento (…) Se fizermos as coisas certas, o Brasil reacelera. Se fizermos as coisas erradas, o Brasil piora”, declarou a jornalistas.
O ministro avaliou que o Brasil estava com aceleração em sua taxa de crescimento no início do governo Bolsonaro quando houve problemas na Argentina, em recessão, e também a crise de Brumadinho, que ele classificou como “duas tragédias econômicas e pessoal”.
“Com esses dois episódios lá, a taxa de crescimento do Brasil rachou pela metade. Estava crescendo 1,3% e caiu para 0,7% [no começo de 2019]. No final do ano [passado], já estava crescendo 1,7%. O Brasil está em plena aceleração. O mundo descendo e o Brasil começando a subir. Aí veio o coronavírus, e isso agudiza a crise” afirmou.
Questionado sobre o preço do dólar, que tem operado acima da marca de R$ 4,70 nesta segunda-feira, o ministro da Economia afirmou que, “se o mundo está descendo [desacelerando], e existe uma incerteza se as reformas vão prosseguir, fica essa instabilidade [no dólar]”. “Agora se a nossa resposta for aprofundar as reformas, a coisa se acalma”, acrescentou. (G1)
Foto: José Cruz/Agência Brasil