Por: João Paulo Almeida
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,1% em 2019, segundo divulgou ontem (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do menor avanço em 3 anos. Em valores correntes, o PIB do ano passado totalizou R$ 7,3 trilhões em 2019. Foi a 3ª alta anual consecutiva após 2 anos de retração, mas o ritmo lento de recuperação ainda mantém a economia do país abaixo do patamar pré-recessão.
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero, creditou a baixa do produto interno bruto do Brasil a inabilidade política do presidente Jair Bolsonaro ao longo do ano. Segundo ele o presidente criou muitos conflitos desnecessários com o congresso nacional o que atrapalhou a economia do país
“Quando o presidente assumiu seu posto no inivio do ano a expectativa era que o PIB fosse crescer entre 2 e 2,5% em 2019. A principal razão para o O Pib ter frustrado as expectativas é a inabilidade política do presidente Jair Bolsonaro que ao longo do ano criou vários conflitos desnecessários com o congresso. Isso fez o mercado olhar com desconfiança para o governo. Outros dois fatores que fizeram o PIB fechar abaixo do previsto foi brumadinho e a Argentina que enfrentou uma grave crise e é um dos principais parceiros comerciais do Brasil”, explicou.
O professor também explicou que o que salvou o PIB no ano passado foi o consumo das famílias em alta pela liberação do FGTS. “A liberação do FGTS pelo governo foi o ponto positivo para o PIB do ano passado. Ele proporcionou um aumento no consumo das famílias e esse foi o item que mais colaborou para o PIB do país. Uma medida do ministério da econômica que fez o país ter um segmento de alta no PIB”, disse.
Em 2017 e 2018 o crescimento foi de 1,3% em ambos os anos, após retrações de 3,5% em 2015 e de 3,3% em 2016. Apesar de mais um ano de crescimento fraco, o resultado veio dentro do esperado pelo mercado que, após resultados decepcionantes da atividade econômica em novembro e dezembro, passou a projetar mais um ano de taxa bem próxima de 1%. No começo de 2019, a estimativa era de um avanço de mais de 2% no ano. A estimativa do Ministério da Economia era de uma alta de 1,12%.
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