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BOLSA DE VALORES AINDA PODE SOFRER COM O CORONAVÍRUS PORÉM A TENDENCIA É SE NORMALIZAR COM O FIM DO SURTO, DIZ XP

Redação - 07/02/2020 07:15 - Atualizado 07/02/2020

Por: João Paulo Almeida 

O mês de janeiro não foi muito bom para quem negócios na Bolsa de Valores. O Ibovespa fechou em baixa de 1,53%, em 113.760,57 pontos – a pontuação é a menor já registrada em 2020. Em janeiro, o principal índice da B3 caiu 1,63% – a maior queda mensal desde fevereiro de 2019. Somente nesta semana, a desvalorização ficou em 3,9%.

O Portal Bahia Econômica foi atrás de especialistas da XP para entender o que havia acontecido e o surto do Coronavírus foi o principal causador da queda. “Os maiores impactos no Brasil, até o momento, foram nas ações dos setores de mineração e viagens, devido à queda dos preços dos metais e à decisão da China de suspender as vendas de pacotes turísticos na tentativa de conter o surto. No país, o Ibovespa seguiu o movimento global, acumulando queda de 1% desde o início do surto da doença, no último dia de 2019. Caso os impactos do surto se prolonguem no médio prazo, é possível continuarmos vendo pressão nos preços de ações brasileiras ligadas à demanda chinesa, como empresas de commodities (Suzano, Vale), frigoríficos exportadores (JBS, Marfrig), além de companhias aéreas e de turismo (Gol, Azul, CVC)”.

Questionados como o mercado deve se comportar durante a semana com a expectativa do vírus os especialistas explicam que “os mercados têm ganhado tração com os esforços para conter o vírus. O Ibovespa subiu 0,8% ontem e retomou os 115 mil pontos, seguindo mercados internacionais, que reagem positivamente às medidas sendo implementadas para conter os impactos do coronavírus na China. Nesta manhã, bolsas internacionais operam em alta generalizada, enquanto parte da mídia indica que cientistas do Reino Unido fizeram progressos significativos em uma vacina para o vírus, que continua se espalhando pela China, com quase 25 mil casos de infecção e 500 mortes”.

Porém os analistas explicam que a curto prazo as bolsas ainda devem sofrer algum impacto porém no logo prazo tudo vai se normalizar. “Na visão da XP, a bolsa brasileira (e as internacionais) ainda podem sofrer com pressão no curto prazo, à medida que a visibilidade sobre a doença permanece incerta. Apesar disso, esforços de contenção da doença já acalmaram os mercado, de certa forma. Por outro lado, notamos que o surto tem pouco ou nenhum impacto no fundamento de outras ações que caíram nos últimos dias, principalmente devido à maior aversão a risco de investidores. No médio-longo prazo, mantemos nossa visão estrutural positiva para o Ibovespa, e aproveitamos para reiterar a importância de uma carteira diversificada. No curto prazo, o investidor deve ter extrema cautela para cortar ou adicionar risco em sua carteira”.

Foto: divulgação

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