O índice de Intenção de Consumo (ICF) das famílias de Salvador mostrou leve crescimento de 0,5% em janeiro na comparação com dezembro e ficou nos 97,6 pontos, maior nível desde abril de 2019. Na comparação com o mesmo período do ano passado houve queda de 1,6%, quando naquele mês o indicador registrava 99,1 pontos. A ICF é elaborada mensalmente pela Fecomércio-BA e varia de 0 a 200 pontos, sendo que o patamar de 0 a 100 é considerado de insatisfação, e de 100 a 200 pontos de satisfação das condições econômicas das famílias.
Dentre os sete itens avaliados no índice, o que mais cresceu foi o Nível de Consumo Atual que passou de 73,7 pontos em dezembro para 75,7 pontos em janeiro, alta de 2,8%. Segundo a Fecomércio-BA, esse desempenho vai se expressar na prática com o aumento da procura dos consumidores soteropolitanos neste período das tradicionais liquidações de início de ano, principalmente dos bens mais caros como os eletrodomésticos e eletrônicos.
O segundo item que mais cresceu foi o Momento para Duráveis, 2,6% com 73,2 pontos em janeiro. “O momento é mais favorável para quem está disposto a comprar uma geladeira, fogão, televisor, uma vez que os lojistas buscam desovar o estoque do ano passado para entrada de novos produtos”, comenta o consultor econômico da Federação, Guilherme Dietze.
O item Renda Atual ficou tecnicamente estável em 0,1% com 103,5 pontos, ou seja, a maioria das famílias de Salvador está satisfeita com a renda em relação ao ano anterior. Já os dois itens relacionados ao emprego sofreram queda em janeiro. O item Emprego Atual caiu 1,8% e a Perspectiva Profissional recuou 0,6%. A pontuação respectiva foi de 115,3 e 115,6 pontos. Apesar do desempenho negativo, são os dois itens com as melhores avaliações do indicador no mês, o que não gera nenhuma preocupação. “
“Em resumo, mesmo sendo um resultado positivo mais tímido, a tendência que o ICF vem seguindo desde julho do ano passado (menor patamar de 2019) mostra que houve uma melhora gradual das condições econômicas das famílias de Salvador. Há mais oportunidade de emprego, a inflação não exerce pressão significativa sobre a renda e o crédito está mais abundante e barato. A conjunção desses fatores é que devem manter o ICF na tendência positiva para os próximos meses”, conclui Dietze.
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