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AUSÊNCIA DE RUI NA LAVAGEM DEIXA LACUNA EM GRUPO GOVERNISTA

Redação - 17/01/2020 11:11

Podemos dizer que o desfile da base aliada do governador Rui Costa (PT) foi “morno” diante da ausência do grande líder. O gestor estadual, que se recupera de um procedimento cirúrgico e foi proibido de ir ao evento recomendação médica, foi representado pelos seus dois principais braços direitos: o vice-governador João Leão e o senador Jaques Wagner (PT). Os militantes, por sua vez, fizeram o mesmo papel desempenhado até agora: vaiar ACM Neto e Bolsonaro.

Vice-governador da Bahia e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Leão falou sobre os desafios do grupo em 2020. “Temos uma série de desafios este ano. Obras e ações para melhorar a vida dos baianos, como por exemplo o início da elaboração do projeto de construção da ponte Salvador-Itaparica. Os chineses estiveram em Salvador, mais uma vez, nesta quarta-feira e hoje, neste dia de fé, venho agradecer e pedir ao Senhor do Bonfim que continue nos ajudando e caminhando junto com o povo da Bahia. Que ele nos proteja”, disse.

Já o senador liderou o cordão petista, que até o momento ainda não definiu quem será o representante na corrida eleitoral em 2020. “Ninguém inventa candidato na véspera, ninguém vira aglutinador sem ser, então, não havia um nome construído previamente, talvez esse tenha sido um erro maior nosso, não ter construído um nome desde 2016”, destacou o parlamentar. Para Wagner, o governador ainda está num compasso de espera, observando e olhando pesquisas para ter uma posição. “Mas, eu acho que provavelmente a posição do governador será essa que está se avizinhando, mais de uma candidatura dentro da base”.

Presente na manifestação popular, o presidente do PT Bahia, Éden Valadares, exaltou as ações petistas na capital baiana comentou sobre a felicidade de “quem fez por Salvador e vai fazer muito mais”. O presidente também destacou positivamente o processo de amadurecimento de uma candidatura que o PT de Salvador está conduzindo. “É um processo natural do PT. Nós vamos chegar com unidade política e programática e nós vamos disputar com força a cidade”, ressaltou. Marcaram presença na caminhada os pré-candidatos a vereador e à prefeitura de Salvador. Entre eles, a secretária de promoção da igualdade racial, Fabya Reis, o deputado federal Robinson Almeida, a socióloga, Vilma Reis e o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira. Além de vereadores e deputados estaduais e federais petistas.

“Acho ridículo, um absurdo” – O senador Jaques Wagner também comentou, em coletiva de imprensa logo na concentração do evento, a informação de que o nome dele foi citado na delação premiada de um empresário com o Ministério Público Federal (MPF). Ele relatou ter entregado cerca de R$ 2 milhões ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto durante a campanha presidencial de 2010.

O petista lamentou a postura de parte do MPF e do Judiciário. “Acho ridículo, um absurdo. Não sei nem que termo usar sem ofender ninguém. É um absurdo. Eu sou citado, nem interessado, não passei nem na porta daquela obra. Não tenho nada a ver com isso, não sei de nada disso”, garantiu durante o cortejo da Lavagem do Bonfim. “O cidadão rouba pra caramba, ganha o dinheiro dele, compra iates, carros de luxo e depois como ele se sai? ‘Não, fiz isso para ajudar fulano. Entreguei um dinheiro a beltrano não sei onde’”.

“Por que não fazer uma acareação? Pega esses três delatores – seria um bom desafio para mim. Vamos fazer público, filmado. Quero que os três venham me encarar e me dizer onde que eu sentei com qualquer um deles para pedir dinheiro. Ele não tá dizendo que me encontrou? O juiz – o mínimo de bom tom – era antes de botar na rua, ouvir a outra versão. Botava as duas versões: o cara falou e o outro negou”, questionou.(TB)

Foto: divulgação

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