Após 2 meses seguidos de alta, o volume do setor de serviços caiu 0,1% em novembro, na comparação com outubro, segundo divulgou nesta terça-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já em relação a novembro de 2018, houve crescimento de 1,8%. “É uma acomodação dos últimos dois resultados.
Tivemos setembro com alta de 1,5% e outubro com alta de 0,8%, acumulando 2,2% no período. Se analisamos de julho a novembro, o volume de serviços cresceu 2,9%”, avaliou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. No acumulado de janeiro a novembro, o setor registrou avanço de 0,9%. Em 12 meses, a alta acumulada também ficou em 0,9%, o que representa um ganho de ritmo frente a agosto (0,6%), setembro (0,7%) e outubro (0,8%).
A alta no acumulado em 12 meses para novembro também representou o primeiro resultado positivo desde 2015. No ano passado, a variação foi zero no mesmo período. Apesar da recuperação ao longo de 2019, o setor ainda está 9,8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014. De acordo com o gerente da pesquisa, é como se o setor operasse em nível semelhante ao observado em março de 2012.
Lobo destacou, entretanto, que o recuo de novembro não sinaliza qualquer reversão de trajetória de recuperação. “”Observamos de julho para cá um movimento mais forte do setor de serviços, então o ganho acumulado de julho para cá é suficientemente grande para que essa queda de 0,1% na margem se apresente como uma estabilidade”, afirmou.
A receita nominal dos serviços prestados no país, por sua caiu 0,5% em novembro, na comparação com outubro. Ante novembro de 2018, houve alta, de 5%. Também houve crescimento no ano e em 12 meses, de 4,4% em ambos casos. De outubro para novembro, houve quedas em três das cinco atividades, com destaque para o recuo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%), serviços de informação e comunicação (-0,4%) e serviços prestados às famílias (-1,5%).
A principal pressão negativa no resultado do setor de serviços em novembro partiu do segmento de transportes que, segundo o IBGE, foi prejudicado pelo desempenho do setor industrial. “Todo o movimento de queda da indústria se reflete em baixo volume do transporte de cargas no país”, apontou o pesquisador.
O segundo maior impacto negativo foi do segmento de serviços de informação e comunicação, puxado pelas atividades de desenvolvimento e licenciamento de softwares e consultoria em tecnologia da informação. “Aliado a estes dois serviços, vale destacar também cinematográfica, que gerou receita menor que a observada em outubro, possivelmente por conta de promoções e eventos por conta do Dia das Crianças”, observou Lobo.
Estes dois segmentos – serviços de transportes e serviços de informação e comunicação –representam, juntos, 63% de todo o setor de serviços. No acumulado de janeiro a novembro, frente a igual período de 2018, o setor de serviços avançou em quatro das cinco atividades: serviços de informação e comunicação (3,3%), outros serviços (5,2%), serviços prestados às famílias (3,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%). A única queda foi observada no segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,6%).
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