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ATAQUE COM MÍSSIL EM BAGDÁ MATA ALTO GENERAL DA IRÃ E COMANDANTE DE COALIZÃO IRAQUIANA, QUE ACUSA EUA

Redação - 03/01/2020 07:40 - Atualizado 03/01/2020

Um ataque com míssil perto do aeroporto de Bagdá, na madrugada desta quinta-feira, quando o comandante das Forças Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária da Irã, ou o brigadeiro-general Qassen Soleimani, assim como o número 2 das Forças de Mobilização Popular FMP), o comandante Abu Mahdi al-Muhandis. Uma porta de voz do FMP, que é uma organização que agrupa como milícias apoiadas pelo Irã no Iraque, responsabilizada pelos Estados Unidos pelo ataque. Como as vítimas estavam no trem do FMP, atualmente integram o Estado iraquiano.

O ataque deixou ao menos oito pessoas mortas, e acontece três dias depois que os manifestantes pró-Irã tentam invadir uma embaixada americana na capital do Iraque, informando os serviços de segurança. “Três foguetes atingidos no Aeroporto Internacional de Bagdá próximo ao terminal de carga, e dois explodiram”, matando ao menos oito pessoas, revelados os funcionários, que pediram para não ser utilizados. O Iraque tem sido palco, nas últimas semanas, uma espiral de tensão que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas pelos Estados Unidos e Irã.

Soleimani, que liderou o Forças Quds desde a década de 1990, era uma das figuras do nível mais alto do regime de Irã, e sua morte eleva diretamente a tensão com os EUA. Em 2017, foi eleito uma das 100 pessoas mais importantes do mundo pela revista Time, em função do seu poder dentro das Forças Armadas do Irã. A influência do Irã no Iraque aumentou após a derrubada de Saddam Hussein, um sunita, na invasão americana de 2003, que levou ao poder representar a maioria das pessoas xiitas iraquianas. A maioria da população iraniana também pertence a esse ramo do islamismo.

O ataque americano aumentado ou o risco de que o Iraque faça uma arena de confronto entre a Irã e os Estados Unidos, que mantém 5 mil militares no Iraque. Como as pensões entre Washington e Teerã aumentaram no último ano, depois de o governo Trump retirar o acordo nuclear assinado entre o Irã e as principais potências globais em 2015. Com uma reimposição das sanções econômicas americanas, uma economia do Irã sofreu um prejuízo de US $ 200 bilhões em exportações e investimentos perdidos, segundo presidente iraniano, Hassan Rouhani.

Washington, que acusa como Forças de Mobilização Popular de estar por trás do ataque à sua embaixada em Bagdá, na terça-feira, havia atacado no domingo em posições do grupo na zona de fronteira com a Síria. No início deste mês, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, culpou as Forças Apoiadas pelo Irã por uma série de ataques a bases no Iraque e alertou Teerã de que qualquer ataque seu ou seus “procuradores” contra os americanos ou aliados “Uma resposta decisiva dos EUA”. Até agora, o governo iraquiano vinha tentando equilibrar os interesses dos seus dois principais aliados, mas o ataque americano ao Kataib Hezbollah provocou fortes reações das ruas e das principais facções políticas.

Foto: Thaier Al-Sudani / REUTERS

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