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BOLSONARO SINALIZA QUE VAI SANCIONAR FUNDO ELEITORAL 

Redação - 20/12/2019 07:26

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou, na noite desta quinta-feira, que sancionou o fundo eleitoral de R $ 2 bilhões no orçamento de 2020, alegando que, caso contrário, ele poderia ser exibido como crime de responsabilidade e sofrer um processo de impeachment. Pela manhã, o presidente estava aqui para ver qual era a tendência preferida. Em transmissão ao vivo em uma rede social, Bolsonaro justificou que o artigo 85 da Constituição cita que são crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra a Constituição Federal, em especial contra o exercício de direitos políticos, indivíduos e sociais.

– O Congresso pode entender que eu, ao ver (ou fundo), atentoi contra este dispositivo constitucional e instalar um processo de impeachment contra mim. E daí? – disse o presidente. Bolsonaro disse que trata de “assunto extremamente delicado” e que diz que está sendo pressionado por alguém. O presidente reafirmou que os membros estão contra o valor e “que não tem dinheiro no fundo eleitoral para ninguém”. Segundo ele, o recurso atrapalha “a reforma política.” Apesar disso, disse que a tendência é sancionar:

– Eu estou aguardando um parecer jurídico final, mas o preliminar é que eu tenho que sancionar. Deu para entender? Vocês querem que eu corra ou risco de impeachment, tudo bem. A gente corre o risco de impeachment e veta – disse. Durante o show, Bolsonaro criticou o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que afirmou que o próprio presidente propôs os R $ 2 bilhões para o fundo eleitoral no orçamento. Em outro ataque a uma parlamentar, o presidente disse que foi criticado “por uma gordinha de São Paulo”, mas não citou o nome.

O ex-líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), postou um vídeo relatando uma proposta de R $ 2 bilhões partindo do governo. “Depois vem malandro dizer ‘infelizmente o texto passou e blá-blá-blá’. Ah, me poupa! Aliás, uma orientação do governo Bolsonaro foi sim, um favor. Eu votei contra o fundo”, escreveu. – Sou escravo da lei. Maldosamente tem uma gordinha lá de São Paulo, que está me criticando, uma gordinha. E um deputado. Vou falar o nome dele porque não é gordinho. Samuel Moreira está me criticando porque eu propus 2 bilhões. Deixo bem claro em você: está na lei esse fundo especial de campanha. E está na lei também o seu valor. Não tem um valor fixo, mas diz que não pode ser inferior a dois anos atrás – disse.

Foto: divulgação

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