Com fundação no Chile, em 1997, a Teto surgiu por iniciativa de um grupo de jovens que descobriu a situação difícil e injusta de pobreza em que milhares de pessoas viviam no país. Atualmente, a organização sem fins lucrativos, que chegou ao Brasil no ano de 2002, já conta com cerca de 45 mil voluntários mobilizados, além de 36 projetos comunitários realizados por toda a América Latina, uma das regiões mais desiguais do mundo.
Tiago Scher, gestor de sede na Bahia, integrante do movimento desde 2015, fala sobre a importância da adesão de voluntários para o fortalecimento do projeto, que luta contra as situações de risco em algumas comunidades precárias. Somente no Brasil, em torno de 14,8 milhões vivem em situação de extrema pobreza.
“A Teto é uma ação social em prol das melhorias nas nossas cidades, principalmente atuando nas condições mais extremas, onde a desigualdade é mais forte. Eu vejo como algo que atrela um lado de solidariedade e preocupação com a qualidade de vida e redução das desigualdades, também um lado de dignidade, união, fortalecimento das capacidades comunitárias […] através das soluções de moradia e infraestrutura”, contou.
Assim, o projeto tem o intuito de mudar a vida das pessoas, tanto as que se voluntariam quanto as que são auxiliadas pela iniciativa, trazendo uma reflexão acerca da realidade das cidades, em áreas de pobreza e risco, com poucas condições de se desenvolverem enquanto seres humanos. Para eles, a ideia principal é pensar na sociedade como um todo, e não somente como um pequeno e seleto grupo da população.
*foto: Shirley Stolze -Ag a tarde