A Câmara Municipal de Salvador irá homenagear, nesta quarta-feira (11), a luta e resistência dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana de Salvador com uma sessão especial no plenário Cosme de Farias, a partir das 18 horas.
Solicitada pela vereadora Marta Rodrigues (PT), a sessão tem o objetivo de enaltecer o trabalho desenvolvido pelos terreiros pela preservação da religião afro-brasileira e contra o racismo religioso.
“Fizemos a mesma homenagem a dezenas de terreiros no ano passado e continuaremos com esta missão, pois a religião afro e estas casas são nosso patrimônio cultural. São nossa herança ancestral que lutou contra todo tipo de perseguição para se manter viva até hoje”, destacou a edil.
Durante o evento, acontecerá a entrega do Troféu Mojubá, uma forma simbólica de presentear líderes e filhos pertencentes a matriz africana que se destacam pela fé e respeito ao culto dos ancestrais.
“As memórias africanas, seus rituais, cultos e divindades, apesar das diferenças étnicas, todas se reúnem numa religião: o Candomblé. E a Casa do Povo, primeira do Brasil, não pode se eximir dessa história do nosso povo e do nosso país”, declarou.
Para a vereadora, é fundamental que a Câmara compreenda, junto à sociedade, a importância de manter fortalecido esse laço de união e de luta. ” A resistência das comunidades tradicionais, dos povos de santo e dos indígenas está em nosso sangue, em nossa voz e no nosso corpo. E a levaremos adiante em busca de um país com justiça social”, pontuou.
De acordo com o Centro de Estudos Afro-Orientais, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), existem 1.165 terreiros cadastrados na capital da Bahia e na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Na Bahia, 736 comunidades são certificadas pela Fundação Cultural Palmares e está no topo do ranking dos estados brasileiros com localidades reconhecidas como remanescentes de quilombolas. Salvador conta com seis comunidades.’
*foto: divulgação