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SIMPÓSIO EM SALVADOR DEBATE SOBRE NOVO MERCADO DO GÁS

Redação - 25/11/2019 08:36 - Atualizado 27/11/2019

O auditório do Wish Hotel da Bahia, localizado no Corredor da Vitória, recebe nesta quarta-feira, 27, o simpósio Regulação e Competitividade no Novo Mercado de Gás. O evento acontece às 8h e é organizado pelo grupo A Tarde, pela Comissão Especial de Energia da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) e pela Comissão Nacional de Energia do Conselho Federal da OAB. Farão palestras  ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Helder Queiroz e o o sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires,

O secretário de Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, em entrevista ao A Tarde falou a importância do evento e anunciou que partir do primeiro trimestre do ano que vem, a Bahia já vai comprar 8% do gás natural de um produtor independente.O secretário também comentou sobre o Novo Mercado de Gás no País.

“A discussão do mercado de gás no Brasil é muito atual, deflagrada por alguns movimentos da Petrobras, que participa do mercado de gás em todas as suas fases, desde exploração, tratamento, com participação nos gasodutos de transporte e também com participação nas empresas distribuidoras. Então, a discussão sobre os rumos do setor ganhou corpo com a venda dos gasodutos de transporte, como o Gasene. Outro fator em discussão é a saída da Petrobras de alguns ativos, estendendo o acesso das distribuidoras para a compra de gás nos terminais de regaseificação. Com isso, a Petrobras está deixando de ser a única supridora de gás e outros supridores devem entrar no mercado. Aí, nós vamos poder perceber se o preço cobrado pela Petrobras é excessivo ou não. Como a Petrobras está presente em várias etapas, é uma questão que vem sendo discutida nesse novo momento de regulamentação do mercado de gás, porque a própria legislação também ainda cria, por outro lado, algumas dificuldades para os investimentos nas áreas de atuação que, até então, eram só da Petrobras”, explicou Cavalcanti.

Questionado se com a venda de grandes gasodutos, como a Gasene, isso pode influenciar nos custos da Bahiagás e até nos preços, de modo geral, ele respondeu: “Essa realmente é uma preocupação, pois não está claro como vai se comportar o preço que o transportador está cobrando. A ANP (Agência Nacional de Petróleo) ainda não deixou claro, nem para o mercado e nem para nós, do governo, como esse preço vai ficar. No caso da Bahiagás, até como política pública do governo estadual, é a primeira empresa que já tem contrato assinado para receber gás de outros fornecedores. Deveremos receber, aproximadamente, a partir de fevereiro, ou março, aproximadamente, 8% de um poço aqui da região de Mata de São João. Vamos receber agora 350 mil metros cúbicos, num valor que é menor que o preço que compramos da Petrobras, hoje. Até então, tínhamos apenas um pequeno contrato na Ilha de Itaparica (Campo de Morro do Barro), cuja oferta era de apenas 20 mil metros cúbicos. Temos também alguns pré-contratos com confidencialidade, mas já assinados, com grupos que vão apresentar propostas para explorar os campos que estão em licitação na Bahia”.

Foto: Elói Corrêa/ GovBA

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