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INDÚSTRIA CAI, PIB DA BAHIA FICA ESTÁVEL E ESTADO PERDE ESPAÇO

Redação - 14/11/2019 14:50 - Atualizado 14/11/2019

A estabilidade do PIB baiano entre 2016 e 2017 (Veja aqui) é explicada em grande medida pela compensação entre o crescimento da agropecuária (7,1%) e a queda da indústria (-2,9%), combinada à variação pouca expressiva dos serviços no estado (0,2%).  O bom desempenho da agropecuária em 2017, que gerou um valor adicionado de R$ 15,827 bilhões, deveu-se à agricultura (inclusive apoio à agricultura e à pós-colheita), que cresceu 14,2%, influenciada sobretudo pelo cultivo de soja.

As demais atividades do setor tiveram quedas em volume, frente a 2016. O recuo na pecuária (inclusive apoio à pecuária) (-4,7%) foi devido, sobretudo, à criação de bovinos; já na produção florestal, pesca e aquicultura (-6,4%), a principal influência negativa veio da silvicultura de madeira em tora para celulose.  Apesar de ter crescido 7,1% em volume, agropecuária reduziu ainda mais sua participação, em valor, no PIB baiano, de 7,2% em 2016 para 6,7% em 2017, menor peso da série histórica das Contas Regionais (desde 2002).

A indústria, com um valor adicionado de R$ 52,984 bilhões em 2017, apresentou sua terceira queda anual consecutiva em volume (-2,9%) e também perdeu participação na Economia baiana, saindo de 23,7% em 2016 para 22,4% em 2017. A indústria de transformação teve queda (-1,9%) devido às reduções no refino de petróleo e na fabricação de máquinas para geração de energia eólica. A construção também recuou (-9,3%), com perda concentrada nas obras de infraestrutura de urbanização e de construção de redes de abastecimento de água e coleta de esgoto.

No sentido contrário, as indústrias extrativas (21,1%) e o setor de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (2,5%) cresceram entre 2016 e 2017. Apesar da pequena variação positiva (0,2%), o setor de serviços gerou um valor adicionado R$ 167,264 bilhões e ganhou ainda mais participação na Economia do estado, de 69,1% em 2016 para 70,9% em 2017, a maior desde o início da série histórica das Contas Regionais, em 2002.

As maiores variações em volume ocorreram em transporte, armazenagem e correio (5,7%), informação e comunicação (4,4%) e alojamento e alimentação (3,4%). Em contrapartida, houve quedas em administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social (-0,4%) e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares (-4,6%).

Foto: divulgação

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