A Polícia Federal deverá colocar um delegado à disposição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a disseminação de informações falsas em redes sociais e por intermédio de aplicativos de mensagens, a CPI das fake News. A informação foi dada pelo presidente da CPI, senador Angelo Coronel (PSD-BA). A CPMI enviou ofício à Polícia Federal e aguarda resposta oficial.
De acordo com Angelo Coronel, esse delegado possui expertise no assunto tratado pela comissão porque trabalha com o tema na Polícia Federal. Além disso, segundo Coronel, a policial já participou da CPI da Pedofilia no Congresso Nacional. “A partir da semana que vem ele deverá estar à disposição para ajudar com suas técnicas, somadas ao trabalho de outros técnicos que estão ajudando a CPI”, disse o presidente da Comissão.
De acordo com a assessoria legislativa da CPI, a Polícia Federal também remeteu à Comissão inquérito sobre disseminação de informações falsas. São cinco mil páginas que estão sendo digitalizadas, de acordo com a assessoria. A CPMI recebeu ainda outros 17 documentos que serão analisados pelos senadores e deputados e que ajudarão na confecção do relatório final da Comissão.
Especialistas – Nesta 4ª feira, 6, a CPMI promoveu audiência pública com representantes de três agências de checagem de informações e uma representante da associação que congrega 2,5 mil empresas de tecnologia da informação. Angelo Coronel considerou essa uma das reuniões mais importantes e produtivas da CPMI. “Eles nos deram muitos subsídios à CPMI sobre o mundo digital”, resumiu o presidente, acrescentando que o legado de todo esse trabalho à sociedade brasileira serão leis que punam quem veicula notícias falsas ou usa perfis falsos para depreciar pessoas.
“Nós vamos tirar o anonimato das redes sociais”, garantiu Coronel, referindo-se aos ataques anônimos nas redes. Ele concorda com os convidados quando eles disseram que trabalhar na educação digital é um caminho para se combater a propagação de informações falsas.
“O combate à desinformação, às fake news, precisa muito da educação das pessoas, para quando receber alguma informação das redes checar primeiro a sua veracidade para não cometer esse crime de divulgar algo que deprecie alguém”, explicou o senador, reafirmando mais uma vez que “em nenhum momento a CPI foi criada para censurar, mas o que não podemos é ter redes sociais utilizadas por criminosos, e a grande mídia será de grande importância quando tirar profissionais que fazem mau jornalismo e colocar o profissionalismo acima de tudo”, finalizou Coronel.
Foto: Ana Luiza Sousa/Assessoria