A deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA) disse, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (8), que se sente traída diante da crise no seu partido, que culminou com a saída de Delegado Waldir (GO) da liderança da legenda na Câmara e substituição por Eduardo Bolsonaro (SP). Ela foi uma das parlamentares que apoiou a permanência de Waldir no posto, e não assinou a lista para que Eduardo pudesse assumir o cargo.
“Eu não sou traidora. Eu continuo com as mesmas pautas. Eu me sinto traída, porque a partir do momento que confio na pessoa, olho nos olhos e ela me garante que posso contribuir, mas ela me mostra que não posso nem divergir, então a traída sou eu”, defendeu. Dayane sustenta que apoiou a continuidade do deputado de Goiás na liderança porque foi um compromisso assumido ainda na campanha. Ela afirma que chegou a receber uma ligação do presidente Jair Bolsonaro, que procurou também outros deputados da sigla para convencê-los a chancelar a escolha do filho como líder do PSL, mas não atendeu, para não ter que negar um pedido ao presidente.
“Mantive minha postura. Significa que cumpri com minha palavra, que foi a liderança que foi meu compromisso do início do mandato”, declarou Dayane. Segundo a deputada, ele vai seguir apoiando o presidente nas suas pautas, mas desde que seja a favor da população. Para ela, se tiver dificuldade nas conquistas do seu mandato, ficaria claro que seria uma retaliação. “Se nem esquerda tá tendo, se eu tiver vai ficar claro que é retaliação e não vai ser a mim, vai ser ao meu estado. Continuo apoiando pautas de Bolsonaro, sou seu soldado e acredito em suas pautas, desde que venha beneficiar povo baiano”, afirmou.
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