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INFORMALIDADE NO MERCADO DE TRABALHO FOI RECORDE EM SALVADOR EM 2018, SEGUNDO IBGE

Redação - 06/11/2019 16:49 - Atualizado 06/11/2019

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Bahia como um todo, cerca de 6 em cada 10 pessoas que trabalhavam eram informais: 56,7% da população ocupada atuavam como empregados sem carteira assinada (incluindo domésticos), trabalhadores por conta própria ou empregadores que não contribuíam para a Previdência ou trabalhadores familiares auxiliares. Isso representava 3,3 milhões de trabalhadores.

O percentual de informais sempre foi elevado no estado. Após ter se reduzido entre 2012 (60,1%) e 2014 (56,5%), cresceu sem parar desde 2015 e chegou, em 2018, ao seu maior patamar desde 2013, quando havia sido de 57,4%. O percentual de trabalhadores informais na Bahia (56,7%) é o sexto mais alto entre os estados e significativamente maior que a média nacional. No Brasil, em 2018, 41,5% das pessoas ocupadas estavam na informalidade, o percentual mais alto da série da PNADC, empatado com o verificado em 2012, ano de início da pesquisa.

Maranhão (64,9% de informais), Pará (64,8%) e Piauí (62,4%) lideravam em informalidade no mercado de trabalho, enquanto Santa Catarina (22,7%), Rio Grande do Sul (30,4%) e Distrito Federal (31,0%) tinham as menores proporções de informais. Embora a informalidade no mercado de trabalho seja menor em Salvador do que na Bahia como um todo, a proporção de informais na capital cresce seguidamente desde 2014 e chegou, em 2018, a um recorde na série histórica (desde 2012). No ano passado, 4 em cada 10 trabalhadores soteropolitanos estavam na informalidade (40,3%, o que equivalia a 587 mil pessoas).

Era a 11ª maior taxa de informalidade entre as capitais, num ranking liderado por Belém/PA (51,1%), Macapá/AP (51,0%) e Rio Branco/AC (47,4%). Florianópolis/SC (24,8%), Curitiba/PR (26,9%) e Porto Alegre/RS (28,3%) tinham as menores proporções de trabalhadores na informalidade. Na Bahia como um todo, a taxa de informalidade era um pouco maior entre os homens (57,9% dos que trabalhavam eram informais) do que entre as mulheres (55,2%) e praticamente não havia diferença entre os trabalhadores de cor branca (56,8%) e os de cor preta ou parda (56,6%).

Já em Salvador, as desigualdades eram mais visíveis, com a informalidade sendo maior entre as mulheres (43,0% das trabalhadoras eram informais) do que entre os homens (37,7%) e maior entre os trabalhadores que se declaravam pretos ou pardos (40,6%) do que entre os que se declaravam brancos (38,4%). Em comum, os trabalhadores informais têm o fato de ganhar, em média, cerca de metade do que recebem aqueles em ocupações formais, tanto no país, como no estado e na capital.

Em 2018, na Bahia, enquanto um trabalhador formal recebia, em média, R$ 2.055 por mês, um informal ganhava R$ 904, menos que o salário mínimo daquele ano (R$ 954) e um valor 56,0% abaixo do pago nas ocupações formais. Em Salvador, a diferença era um pouco menor, mas ainda muito significativa: um trabalhador formal recebia por mês, em média, R$ 2.704, frente a R$ 1.487 de um informal (-45,0%). No Brasil, os informais recebiam, em média, R$ 1.345, 50,3% menos que os trabalhadores formais (R$ 2.708).

Foto: divulgação

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