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VEJA COMO DETECTAR VAGAS DE EMPREGO FALSAS NA INTERNET

Redação - 29/10/2019 07:50

A internet se tornou o principal meio de busca por vagas de emprego. As oportunidades se espalham por sites de emprego, redes sociais e até WhatsApp. Mas nem sempre essas vagas existem. E muitas vezes são usadas como chamariz para que os candidatos forneçam seus dados, paguem mensalidade pelo serviço de oferta de vagas ou para que caiam em golpes de empresas que cobram pelo serviço de recolocação.

De acordo com Tais Targa, job hunter e coach de empregabilidade, a oferta de vagas se transformou em um negócio. E alguns sites, para manter o número de acessos, “fabricam vagas” ou mantêm anunciadas oportunidades de trabalho que já foram preenchidas ou canceladas.

“Sempre vi vagas falsas anunciadas até em jornal, porque a vantagem para quem as divulga é ter acesso a dados privilegiados das pessoas, e porque há ainda empresas que vivem disso: elas divulgam vagas e cobram das contratantes e dos candidatos. Então são bancos online de currículo”, diz.

Tais explica que há sites de emprego que anunciam vagas que não existem ou já existiram, mas já foram fechadas, com o intuito de chamar a atenção de candidatos, que acabam se cadastrando, fornecendo seus dados ou pagando mensalidade para serem selecionados para entrevistas.

“Se não vejo vagas boas no site eu não me cadastro nem pago mensalidade. Então há empresas que anunciam vagas que não existem ou são velhas para que os candidatos pensem que vale a pena se cadastrar e pagar mensalidade. E há ainda empresas de recolocação que anunciam as vagas, chamam a pessoa para a entrevista, mas na verdade a vaga não existe. Eles querem vender um serviço de recolocação, um treinamento, ou dizem que vão cobrar do profissional para ele participar do processo seletivo. Isso é golpe”, diz.

Outra situação, segundo Tais, são consultorias de recursos humanos que não retiram as vagas que já foram fechadas ou estão suspensas para não mostrar o número real de vagas, que é bem pequeno, o que, comercialmente, não é bom para a empresa.

A consultora diz que pode ocorrer ainda a divulgação de vagas falsas em redes sociais como o LinkedIn. “Se você tem um CNPJ e um e-mail você consegue entrar lá e divulgar qualquer vaga e é humanamente impossível ligar para todo mundo pedindo comprovação de que a vaga está aberta. Você confia nas empresas que têm CNPJ ativo e um domínio de e-mail próprio, só que algumas empresas usam de má-fé e divulgam vagas que não existem. Querem dados, querem mailing ou querem outros dados de pesquisa do profissional. No LinkedIn, qualquer pessoa pode denunciar uma vaga falsa e eles cancelam. Então o usuário tem que ter essa percepção”, afirma.

O LinkedIn informa que incentiva os usuários a denunciar as vagas consideradas fraudulentas e que tem ferramentas de monitoramento e funcionários que trabalham na prevenção e remoção de vagas de emprego falsas. Outra situação que pode ocorrer é a divulgação de vagas que não existem pelo WhatsApp. Em agosto, centenas de candidatos formaram fila no Sistema Nacional de Empregos (Sine), em Niterói (RJ). Eles alegaram que receberam o anúncio, por meio de áudios no WhatsApp e por meio de postagens no Facebook, de que haveria inauguração de uma suposta sede do Sine na cidade, com milhares de vagas. A polícia abriu uma investigação para saber quem foram os responsáveis.

Foto: divulgação

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