Segundo dados divulgados ontem pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Em 2017, o valor total gerado pela agropecuária baiana foi de R$ 21,043 bilhões. A produção vegetal (agricultura e silvicultura) representava 71,7% do total (R$ 15,095 bilhões), enquanto a produção animal ficava com 28,3% (R% 5,947bilhões). Na produção não familiar, as participações eram semelhantes, com uma pequena vantagem para a produção vegetal, cujo valor respondia por 77,4% do total gerado, contra 22,6% da produção animal.
Entre os estabelecimentos familiares, porém, o valor da produção animal tinha um ganho significativo de participação, respondendo por 45,6% do total (ou R$ 2,357 bilhões de um total de R$ 5,169 bilhões) e ficando bem mais próximo da participação da produção vegetal, que respondia por 54,4% do total (R$ 2,811 bilhões em número absolutos).
Essa maior importância da pecuária na produção familiar, em 2017, na Bahia, se deveu ao forte aumento do valor gerado pela atividade nesse tipo de estabelecimento, na comparação com 2006. Nesses 11 anos, o valor gerado pela produção animal familiar baiana mais que triplicou, passando de R$ 763,537 milhões para R$ 2,357 bilhões (+208,8%). No mesmo período, o valor gerado pela produção vegetal familiar variou apenas 0,4%, de R$ 2,799 bilhões para R$ 2,811 bilhões.
Na Bahia, em 2017, a pecuária familiar concentrava a maioria dos efetivos de equinos (54,8% dos 404.968 animais existentes nos estabelecimentos agropecuários do estado), asininos (79,1% do total de 93.154), muares (60,1% do total de 86.943) e suínos (71,1% do total de 910.642). Também dominava quando se tratava dos rebanhos nos quais a Bahia tem liderança nacional: caprinos (73,8% dos 2.390.174 animais) e ovinos (72,0% do total de 2.866.445 cabeças).
O município de Casa Nova era destaque. Tinha o maior número de cabeças de animais em estabelecimentos familiares para cinco dos oito efetivos mais importantes do estado: equinos (1.632 cabeças), asininos (1.828), muares (1.160), caprinos (4.481) e suínos (2.684). Além disso, ficava com o segundo lugar no número de ovinos em estabelecimentos familiares (3.719), abaixo apenas de Monte Santo (3.869 cabeças).
Foto: iepec
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