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INADIMPLÊNCIA DEVE CRESCER EM EMPRESAS DE TODOS OS PORTES

Redação - 15/10/2019 14:10

É triste, mas uma realidade: pesquisas apontam que milhões de brasileiros que haviam sanado dívidas atrasadas no último ano voltaram a ficar inadimplentes. Dados do Serasa Experian do primeiro semestre desse ano mostram que nosso país registrou quase 63 milhões de consumidores com nome sujo (mais de 40% da população maior de 18 anos). Só nos primeiros cinco meses de 2019, 27% de brasileiros voltaram a dever.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgou também uma Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor e os dados são alarmantes, já que demonstram que o percentual de endividados com contas a pagar ficou em 60,2% e o percentual de devedores com contas em atraso em 25%. O prazo para quitação de dívidas em atraso é de 64 dias em média.

Segundo Ricardo Garcia, gerente de resultados da KSL Associados – empresa especializada em cobrança, “é necessário fortalecer a importância de se honrar um acordo, evitando o acúmulo de encargos e ficando em paz com o benefício de estar com o nome limpo”. Quando existe a decisão de refinanciar dívidas, o inadimplente deve analisar as possibilidades oferecidas no mercado, como custo final justo e acessível.

‘Não basta negociar, existe a necessidade de saber se o acordo poderá ou não ser honrado. Por isso, pesquisa e planejamento são essenciais para que os débitos sejam devidamente quitados”, completa Ricardo. Por exemplo, para ajudar os consumidores que possuem passivos dentro do setor de consórcio, a KSL possui uma inteligência analítica que é responsável por coletar, tratar e analisar os dados para que melhores estratégias sejam oferecidas na recuperação de crédito, obtendo êxito no resultado final.

Segundo levantamento da empresa, no primeiro trimestre deste ano, houve uma média de 65% de recuperação em todas as regiões e segmentos. Se considerado apenas o setor de autos, o Sul se destaca com 74,82% de recuperação nas dívidas com até 60 dias entrada no escritório, seguido pelo Nordeste com 72,88%, Sudeste com 63,55%, o Centro Oeste com 62,78% e o Norte com 50,94%.

A coordenadora de atendimento e cobrança da KSL, Diane Venturini, reforça a importância de negociar com os inadimplentes. “Buscamos traçar estratégias específicas, que podem ir desde a priorização dos casos, até a observação do histórico deste devedor, oferecendo condições que visem a quitação do seu débito o quanto antes, evitando o acúmulo de juros e multas”, orienta.

A inadimplência dos negócios, para empresas de todos os portes, deverá crescer até o fim do ano, na comparação com o que se projetava no 1º trimestre. Essa percepção é maior entre as pequenas e médias, cujos números foram de 16% para 30%.

Foto: divugação google

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