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SANTA DULCE: 1ª MISSA PARA SANTA TEM EXIBIÇÃO DE RELÍQUIA

Redação - 14/10/2019 14:05

Os olhos da Irmã Josinete Maria Costa estavam marejados. Colocou-se de joelhos diante do altar da Basílica de Sant’Andrea Della Valle, em Roma, na Itália. Diante do relicário franciscano com um fragmento do corpo de Irmã Dulce, o sorriso se abriu. Alisou o quadro com a imagem da fundadora da comunidade congregação Filhas de Maria Serva dos Pobres, que agora é Santa Dulce dos Pobres e pode ser venerada em altares de qualquer parte do mundo. Irmã Josinete se espremeu e disputou espaço com os devotos de Dulce que nesta segunda-feira (14) participaram da primeira missa do mundo em homenagem a freira baiana que neste domingo (13) foi oficializada como santa pelo Vaticano.  Sorriu, posou para foto. Garantiu uma recordação.

Assim com ela cerca de 900 pessoas estiveram na imponente basílica, fundada no século 17 para acompanhar a cerimônia presidida pelo arcebispo Primaz de Salvador e do Brasil, dom Murilo Krieger.  “Esse é um momento único e ela é um exemplo de fé e caridade. Agora, é uma santa do mundo todo”, disse, orgulhosa a religiosa que foi seguida no gesto da fotografia com a relíquia de Dulce por dezenas de brasileiros, mas também de estrangeiros.

‘Eu estava na Praça de São Pedro ontem (domingo, 13) e senti uma emoção muito grande quando ouvi falar o nome dela. Soube da missa e vim. Agora, me considero devota de Irmã Dulce”, disse a britânica Lauren Shimidt, que também levou para casa foto com a relíquia de Dulce e também com Maria Rita Lopes Pontes, sobrinha da freira, que a atual superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).

O objetivo agora, segundo Maria Rita, é a aproveitar toda visibilidade da canonização de Dulce para melhorar a situação das Osid inclusive do santuário dedicado à Dulce dos Pobres. “Temos que pensar agora nos devotos de Dulce. Vamos fazer um plano para ver como podemos melhorar. Já houve um aumento de cinco vezes o no número de visitantes do memorial Irmã Dulce. Precisamos melhorar a infraestrutura que existe hoje para que o turista religioso venha conhecer a história de Santa Dulce de uma maneira mais confortável tanto dentro das Osid quando no entorno e que também se reflita em benefícios para que a obra deixada por Santa Dulce continue”, pontuou Maria Rita.

A auxiliar de enfermagem Marina da Conceição Andrade Silva, que recebeu de Irmã Dulce o pedido para que ela desligasse seus aparelhos um mês antes da sua morte, se emocionou com cada momento desde que chegou na Itália. Ficou impressionada com o lugar onde Dulce foi colocada – no ‘olímpo’ dos santos católicos. “Ela era muito simples, mas acho que ela ficaria muito emocionada com tanto carinho que ela está recebendo. Essa popularidade toda ia assustar ela, mas o amor que vem junto ia acalmar o coração dela que era uma pessoa muito boa”.

*Foto: Reprodução|  Jorge Gauthier

 

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