O índice de pedestres mortos devido a atropelamentos nas vias da capital baiana aumentou em 11% de janeiro a agosto de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo dados enviados pela Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) ao bahia.ba, ao longo dos oito primeiros meses deste ano foram computados 558 atropelamentos, sendo 518 sem feridos. Em 2018, o número registrado foi menor: 520 acidentes (484 sem vítimas).
Em se tratando do índice de mortos no trânsito por atropelamento, o número passou de 36 em 2018 para 40 neste ano.
“De fato o pedestre é quem mais preocupa a gente, porque é o mais vulnerável no trânsito. Salvador tem reduzido o número de mortos no trânsito desde 2013, mas temos esse aumento pontual. Todo aumento é significativo, mas a gente espera que até o final do ano continue reduzindo”, disse o superintendente da pasta, Fabrizzio Muller.
Em sua análise, grande parte dos atropelamentos com vítimas ocorrem “por imprudência do próprio pedestre”. Ele utilizou como exemplo o caso da passarela Chame-Chame, que liga o Shopping Barra ao Victória Center, na Avenida Centenário, que é frequentemente rejeitada pelos transeuntes.
“A gente coloca a imprudência do próprio pedestre como uma das principais razões [do crescimento no número de mortes]. Ali no Shopping Barra é um caso clássico. Você tem a passarela, mas as pessoas passam por baixo. É algo que a gente vê bastante”, afirmou.
Além de ações educativas, Muller informou à reportagem que a Transalvador tem desenvolvido outros projetos voltados para os pedestres, como o ‘Trânsito Calmo’, lançado nesta terça-feira (8), no bairro da Pituba.
“É um projeto-piloto que tem como objetivo dar mais segurança ao pedestre. Pensamos em multiplicar para outras localidades da cidade”, disse.
A iniciativa consiste em intervenções de engenharia viária visando a redução na velocidade de veículos. Intitulado de ‘Traffic Calmmin’, a medida já foi implantada em países como Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Bélgica e Reino Unido.
*Foto: Reprodução| Reginaldo Ipê/Tribuna da Bahia