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SAIBA COMO FICAM SEUS INVESTIMENTOS COM A SELIC A 5,50% AO ANO

Redação - 19/09/2019 07:17

A nova queda na taxa de juros Selic, que nesta quarta-feira, 18, voltou a descer ao mais baixo patamar da história, forçará o aplicador a tomar ao menos uma decisão difícil daqui frente. Para especialistas, quem não quiser ver o patrimônio andando de lado, terá de se decidir por abrir mão da liquidez, deixando o dinheiro aportado por mais tempo no mercado financeiro, ou por assumir riscos extras para sua carteira, com produtos como crédito corporativo, ações e fundos imobiliários – todos eles sujeitos a oscilações e não isentos de prejuízos. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic, a taxa básica de juros, em 0,50 ponto porcentual, de 6,00% para 5,50% ao ano. Esse é o segundo corte da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996.

Para economistas e especialistas em investimento consultados pela reportagem, o que agora sobra para o investidor pessoa física é uma carteira com opções cada vez mais enxutas (e semelhantes) dentro do portfólio de renda fixa, aquele investimento em que o dinheiro é aplicado com uma garantia mínima de retorno após um determinado tempo. “A renda fixa vai virar agora um ‘segurão’ para o nosso dinheiro. Esquece essa história de ganhar dinheiro com o CDB. Essas aplicações servem para repor as perdas com inflação, variações cambiais. Ganhar dinheiro, agora, só com um pouco mais de risco”, afirma a coordenadora do curso de economia do Insper, Juliana Inhasz.

Na opinião da  economista Paula Sauer, professora da ESPM e planejadora financeira da Planejar, força o investidor a ter muito claro quais os fins esperados para o dinheiro colocado em uma aplicação. “Mais do que diversificar os investimentos, é a hora de parar e analisar se os investimentos ainda ‘conversam’ com os objetivos”, diz. Para ela, ao analisar as finanças pessoais, o aplicador precisa verificar se a carteira que ele montou em um cenário de sobra de recursos está de acordo com os objetivos atuais, para o curto, médio e longo prazos. “Aquele recurso que precisava de liquidez anual para uma viagem de férias, mas que foi adiada, pode ser realocado para um investimento com menor liquidez, mas que garante uma rentabilidade melhor”, afirma Paula. É isso o que mostra a tabela abaixo.

*Foto: Divulgação

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