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CRESCE O NÚMERO DE VAGAS PARA INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL

Redação - 16/09/2019 09:20 - Atualizado 16/09/2019

Um levantamento realizado pelo Mapa do Trabalho Industrial, do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial(SENAI), mostrou que será necessário qualificar 13 milhões de trabalhadores em ocupações industriais para atender a um mercado que tende a crescer até 2023, especialmente nas áreas ligadas à tecnologia. Com apenas 23 anos e um exemplo paterno em casa, o estudante Gabriel Santos é um desses futuros profissionais que, embora no início do curso de Engenharia de Controle e Automação pensasse em apenas trabalhar na indústria, hoje começa a se interessar pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, especialmente a robótica. “A possibilidade de me aproximar de tecnologias novas me mostrou uma paixão, até então, desconhecida”, diz o jovem, que está no quinto ano da graduação, é estagiário no Instituto Brasileiro de Robótica e já fala em mestrado e doutorado na área.

Leandro Serra,24, também é um desses jovens que vem se preparando para assumir as demandas da chamada Indústria 4.0. Estudante de Engenharia Mecânica, ele também vem descobrindo que a robótica é um caminho sem volta, especialmente para a indústria local. “É muito estimulante fazer parte desse conhecimento e prática que começam a ser construídos para um mercado que vem se constituindo cada vez mais inovador e desafiador”, diz. Apesar do ingresso de jovens, a gerente executiva de educação profissional do Senai-Ba, Patrícia Evangelista, garante que, anualmente, os cursos oferecidos pelo Senai recebem 7 mil novos alunos nos dois processos seletivos, com alunos com faixas etárias que variam dos 17 aos 80 anos. “Essa quarta revolução industrial vem se inserindo aos poucos e mesmo com as atuais dificuldades, reflexos da crise econômica, esse é um caminho sem volta para o Brasil e para a Bahia”, esclarece a gerente.

Patrícia também faz questão de reforçar que, embora as áreas que contemplam produtos inteligentes e customizado, estejam no auge, as áreas mais tradicionais, como Metal-Mecânica, Logística, Construção, Energia, Eletro-Eletrônica também estão vivendo adequações para integrarem esse novo momento da Indústria 4.0. “Essa recapacitação contempla vários níveis desse mercado, passando do operador até os gestores, do nível médio até os doutorados, em todas as instituições voltadas para a educação”, afirma. Para o gerente de Robótica do SENAI-Cimatec, Leonardo Nardy, nesse universo da indústria 4.0, a área cresce porque há uma necessidade real de que os equipamentos e máquinas estejam interligados e operando de modo a garantir alta produtividade. “Aliado a isso, a robótica – por sua característica multidisciplinar – vem substituindo a atuação em áreas onde a presença humana não é indicada, seja pelas dificuldades de acesso ou por representar risco à atividade humana”, defende Leonardo.

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