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COMER FORA E ABASTECER PUXARAM A INFLAÇÃO DE SALVADOR E RMS PARA CIMA

Redação - 06/09/2019 13:00 - Atualizado 06/09/2019

Quatro dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram altas em agosto, na Região Metropolitana de Salvador. Com os maiores aumentos, transportes (1,55%) e vestuário (0,83%) foram também os que mais puxaram a inflação para cima. Ambos os grupos tiveram aceleração significativa em relação a julho, quando haviam registrado as maiores deflações (-1,64% e -1,14%, respectivamente) e sido responsáveis justamente por conter a inflação da RMS.

Dentre os gastos com transportes, os combustíveis tiveram uma forte alta (6,81%) e foram decisivos no IPCA de agosto. A gasolina (6,65%) foi o item que, individualmente, mais puxou a inflação para cima, seguida pelo etanol (12,20%). Além deles, os veículos próprios (0,54%) também exerceram uma pressão relevante. No vestuário, as roupas em geral (0,75%), especialmente as masculinas (2,30%) foram as principais contribuições – o que pode refletir, ao menos em parte, uma influência do Dia dos Pais.

Além dos transportes e do vestuário, a alimentação fora de casa também voltou a aumentar (0,70%), depois de dois meses em queda, e foi uma pressão de alta significativa na inflação de agosto na RM Salvador. Com aumento de 0,81% a refeição fora (almoço ou jantar) foi a terceira principal influência individual no IPCA do mês. Apesar desse aumento importante, o grupo alimentação e bebidas teve a maior deflação de agosto (-0,73%), puxada pelos alimentos consumidos no próprio domicílio (-1,38%), e contribuiu fortemente para segurar a alta do IPCA.

Itens importantes no dia a dia, como tomate (-21,26%), pão francês (-3,68%) e batata-inglesa (-15,61%) tiveram fortes quedas. Dentre as centenas de produtos e serviços considerados pelo IPCA, o tomate tem a maior deflação acumulada neste ano (-18,74%). Também em queda em agosto, na RMS, a energia elétrica (-1,37%) e o gás de botijão (-1,64%) ajudaram na deflação média do grupo habitação (-0,25%) e puxaram o IPCA para baixo. Outro item relevante que mostrou redução média de preços no mês foi a passagem aérea (-18,55%), que já tem, no acumulado no ano, a segunda maior retração (-18,28%).

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