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GRANDES EVENTOS MOVIMENTAM, CADA VEZ MAIS, ECONOMIA NACIONAL

Redação - 19/08/2019 09:40 - Atualizado 19/08/2019

Nos últimos anos, o Brasil passa por um período ímpar no que se refere ao cenário de eventos e adjacências. O país recebeu a Copa do Mundo (2014) e a Olímpiadas (2016), que, a exemplo do primeiro deles, movimentou R$ 30 bilhões a mais no PIB e mais de 200 mil trabalhos temporários, atraindo 3,7 milhões de turistas no país, segundo o Ministério do Turismo. O cenário se repete em relação a área musical, com o Rock in Rio, que na última edição, em 2017, movimentou R$ 1,4 bilhão no país, despertando interesse de produtoras a fazer outros grandes eventos nacionais e trazer outros internacionais ao País.

É um setor de enorme potencial, que busca criar, divertir, informar e, por consequência, gerar emprego, renda e movimentar a economia local e nacional, aproveitando tendências mundiais e a cultura regional como motivador de festas para fazer circular pessoas e dinheiro em um determinado período. Assim tem sido no meio do ano com as festas juninas, a exemplo de Campina Grande (PB), no qual as comemorações duram 30 dias e recebem cerca de 2,5 milhões de visitantes por ano, de acordo com informações do Governo Local, com faturamento de R$ 200 milhões na economia, gerando por volta de 3 mil empregos temporários. Caruaru (PE), por sua vez, recebe aproximadamente 2 milhões de pessoas para a festa, que ocorre em todo o mês de junho em mais de 20 polos.

Dados do Ministério da Cultural apontam que o potencial de crescimento do setor é fruto da diversidade cultural brasileira, que encontra poucos paralelos no mundo – é uma economia criativa, que tem resultados maiores que outros tradicionais (como o têxtil e o de eletroeletrônicos), sendo responsável por 2,65% do PIB. Segundo Beatriz Oliveira, Head de marketing da Eventbrite, plataforma global de venda de ingressos e tecnologia para eventos, a indústria de eventos é grandiosa e tem crescido potencialmente, mudando o modo de oferecer seu produto para os consumidores. “Mais do que sair para curtir um show, festival ou participar de um evento corporativo, as produtoras estão investindo e transformando shows e festas em grandes experiências sensoriais e tecnológicas, movimentando diversos subsetores fornecedores, como tiqueteiras, credenciamento e pagamentos (pulseiras), transporte, logística, catering, segurança, entre outros”, lembra a especialista.

A repercussão econômica está atrelada a movimentação de dinheiro gerada na localidade em que é sediada, com o aumento do turismo, maiores vendas no comércio, arrecadação de impostos, entre outros. “É mais gente circulando, consumindo e vivendo aquele lugar; o que é positivo para qualquer cidade mas, principalmente, para municípios menores, tendo em vista que o entretenimento costuma ser uma grande fonte de propagação e promoção local, devido ao compartilhamento de conteúdo naturalmente feito pelas redes sociais – fotografar, marcar, curtir -, que hoje é tão importante para as pessoas quanto para os empresários”, lembra Victor Carvalheira, um dos sócios fundadores da produtora de eventos que leva seu sobrenome, e cresce cerca de 35% ao ano.

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