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SETOR FLORESTAL VAI INVESTIR PELO MENOS R$ 2 BI NA BAHIA ATÉ 2024

Redação - 08/08/2019 07:28

As áreas de florestas plantadas na Bahia registraram um crescimento anual de 9,4% entre 2017 e 2018. Uma expansão que tem estimulado os empresários do segmento, que pretendem investir pelo menos R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos no estado. “Estes investimentos serão realizados em novos plantios, em programas socioambientais, em pesquisas, inovação e modernização industrial”, afirma Wilson Andrade, diretor-executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF).

O setor quer aproveitar o momento e estreitar ainda mais os laços com universidades e centros de pesquisas que desenvolvem práticas sustentáveis e produtos inovadores a partir do eucalipto. “Queremos aproximar a indústria da academia e da sociedade. Realizar ações de cooperação com universidades estaduais e federais. A ideia é trocar informações, dialogar cada vez mais, para que possamos crescer juntos”, completa Andrade.

Segundo o relatório Bahia Florestal, lançado ontem (7/8) em Salvador, durante a aertura do IV Congresso Brasileiro de Eucalipto, o estado possui 657 mil hectares de plantações florestais, o que lhe garante o quarto lugar no ranking nacional no cultivo do eucalipto. A árvore ocupa cerca de 94% da área cultivada por floresta, seguida pelas seringueiras. Ainda de acordo com o documento, as fazendas baianas já possuem a maior produtividade do país no cultivo de florestas plantadas, ultrapassando 30 metros cúbicos por hectare ao ano. E que cerca de 20% dos plantios florestais do estado são mantidos por pequenos e médios produtores.

O congresso reúne até hoje os principais representantes nacionais do setor, além de produtores rurais baianos, autoridades políticas e pesquisadores. “Acreditamos que as florestas plantadas podem atender a demanda crescente mundial. O mundo precisa plantar 250 milhões de hectares até 2050. Nós podemos fornecer esta bioeconomia que exige cada vez mais sustentabilidade, que retém carbono e preserva as florestas nativas. Usamos cada vez mais tecnologia e ciência aplicada aos nossos produtos e queremos mostrar isso para todos”, afirma Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

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