O Ministério Público da Bahia, através da promotora Hortênsia Pinho, instaurou um inquérito civil para apurar possíveis impactos urbanos e ambientais causados pela construção do VLT – obra do Governo do Estado. Ainda de acordo com o inquérito, a viabilidade técnica e ambiental da implantação do modal deve ser apurada, bem como sua “efetiva contribuição para a construção para a rede multimodal integrada da cidade de Salvador”.
Essa não é a primeira ação do órgão contra a obra. Em abril deste ano, o MP realizou audiências públicas para debater o traçado do meio de transporte que promete ligar o Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, em Simões Filho. “Agora, faz engenharia também?”, indagou, à época, o governador Rui Costa. “(O Ministério Público) quer que mantenha trens antigos funcionando, com que dinheiro? São trens com 70 anos, 80 anos, que não têm mais peça para funcionar. Vou fazer um projeto de lei e mandar para Assembleia para doar todo sistema de trem para o Ministério Público para gerir e tocar”, ironizou o petista.
Com cerca de 20 quilômetros de extensão, 22 estações e capacidade para transportar aproximadamente 150 mil usuários por dia, o VLT será do tipo monotrilho, movido à propulsão elétrica, com baixa emissão de agentes poluentes. As atuais dez estações dos trens do Subúrbio serão desativadas e reaproveitadas para prestação de outros serviços à comunidade, como postos da Polícia Militar e centros de atendimento. Procurada pelo Metro1, a secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) não respondeu até a publicação da matéria. O espaço continua aberto para manifestações.