A Odebrecht omitiu pagamentos de propina na operação de compra de contratos, no acordo de leniência assinado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) e as Procuradorias-Gerais da República do Brasil e da Suíça em dezembro de 2016, segundo informações da Época.
Conforme a reportagem – com base em uma nova investigação global liderada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), denominada “The Bribery Division” – a empresa deixou de relatar o envolvimento de figuras proeminentes e projetos massivos de obras públicas nos processos criminais e outros inquéritos oficiais até agora.
Há registros de pagamentos secretos em toda a América Latina, incluindo: US$ 39 milhões em pagamentos secretos da empresa feitos em conexão com a gigante usina a carvão de Punta Catalina, na República Dominicana; 17 pagamentos totalizando cerca de US$ 3 milhões relacionados a um gasoduto peruano; e e-mails discutindo pagamentos secretos que um banco da Odebrecht fez a empresas fantasmas, relacionados à construção de um sistema de metrô de US$ 2 bilhões em Quito, capital equatoriana.
Os registros também mostram pagamentos relacionados a uma dúzia de outros projetos de infraestrutura em países da região, incluindo cerca de US$ 18 milhões ligados ao sistema de metrô na Cidade do Panamá e mais de US$ 34 milhões ligados à Linha 5 do sistema de metrô em Caracas, Venezuela.